domingo, 28 de dezembro de 2014

Senso comum e empatia

Faltava-lhe o vinho alentejano - eu sou mais Douro, mas cada um sabe de si e Deus sabe de todos - e algumas lembranças que este ano combinaram não gastar muito no Natal. Fiz-lhe companhia na ida ao shopping. Entramos na loja da roupa "íntima" com o objetivo de comprar um clássico de Natal para o irmão:

- Tanta coisa, nem sei... Vou levar estes.
- Esses?! Tens a certeza? São tão básicos... Eu, se fosse gajo, andava sempre com estes! Esses são muito escuros e largos... 
- O meu irmão não gosta disso, acho...
- O irmão é teu, mas... E tu, o que usas? Não me digas que só usas beges, brancos e pretos?!
- Não! Às vezes também uso vermelho... vermelho escuro... pronto, às vezes também uso bordeaux.
- É tão fixe usar cores e coisas mais ousadas, tens que experimentar!  Nunca é tarde para começar, começa pelas cores, rosa choque ou... Não precisas de mostrar a ninguém para sentires a "fixeza" da coisa. Basta tu saberes o que trazes para te sentires bem. Não sou só eu que o digo. Podes perguntar a qualquer mulher ou miúda. E, para ser discreta,  já basta a roupa que usamos por fora no dia-a-dia.

Voltei a estar com ela ontem para a saída à noite:

- Olha, o meu irmão não gostou...
- O que foi que eu te disse, caralho? Tens que ouvir o que te digo, são bons conselhos, pá!

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