terça-feira, 30 de junho de 2015

Já estou a tratar dos estatutos

A democracia não tem feito nada por mim no Clube de Leitura. As minhas sugestões nunca são votadas, deixei de fazer sugestões. Leio o escolhido e escolho o meu. Pensei que este mês a sorte me sorriria. “O século primeiro depois de Beatriz” de Amin Maalouf foi o livro escolhido e está esgotado. E voltamos a votar, votei no “A Estrada" de Cormac McCarthy e o escolhido foi “Fada Carabina” de Daniel Pennac. Adivinhem? Esgotado. Chegamos ao livro que tem vindo sempre a ser sugerido e chutado para canto. A sugestão não é minha, não insisto nas minhas opções. Digo apenas uma vez. Chateiam-me as insistências e, por princípio, não faço aos outros o que não quero que me façam a mim. Confesso que não é pelo autor, nem pelo livro em si. Mas nunca voto nesse livro. Não tenho nenhum argumento válido, é mesmo pirraça. Já me lembrei de o ler para poder dizer: não vai dar, já li! Mas não fui a tempo, “O velho que lia romances de amor” de Luis Sepúlveda é o eleito. Perante este cenário, tomei uma decisão. Vou criar um Clube de Leitura em minha casa. Serei o único membro e, como também serei eu a mandar, escolho o que eu quiser. Foda-se, em minha casa mando eu! A hipótese de lobby também não está descartada…

Esqueci-me do telemóvel em casa

Tenho uma amiga que escreveu um poema sobre isto. É qualquer coisa como "quem me dera ser assim, deixar o telemóvel em cima da mesa e sair inteira de casa". Mas em bom e em verso. Quanto a mim, esqueci-me mesmo do telemóvel e só deixei de estar completa quando descobri que não o tinha comigo.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

E como é que os media ilustram a onda de calor?

A TSF apresenta dois moços bem apessoados:

Seis distritos de Portugal continental sob aviso laranja

O Correio da Manhã aposta nas moças bem apessoadas:

Cinco distritos sob aviso laranja

O Jornal i ora aposta em termómetros ou em senhores que não deviam exercitar-se em dias de calor:

Calor. Alerta laranja em cinco distritos

Calor começa a levar pessoas às urgências

É oficial

Após várias tentativas, assumo sem pingo de vergonha, sou a pior "selfista" do mundo. Não consigo esticar o braço, manter sorriso, manter enquadramento e clicar. Não consigo.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

(in)certezas

 A data de nascimento pode (mesmo) ter influência na sua vida

- Não gostei. Deprimi.
- É tudo mentira, mas até vou ler o meu para confirmar!

- E que tal? E então? Foste a procura de uma emoção mais forte?
- Fui. E agora vou à casa de banho, a ver se encontro mais emoções.
- Vai!
- Vou e já te conto tudo!
...

- Olha, a propósito da busca de emoções fortes e a minha ida à casa de banho, foi uma emoção forte. Não havia papel higiénico, usei o das mãos que é consideravelmente mais áspero: QUE EMOÇÃO! Mas em nada supera o dia em que usei um lenço mentolado. Não é para repetir. Demasiado fresco.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Bonito


As mulheres são as piores inimigas das outras mulheres

Se há frase que me faz confusão, é esta. Não acredito nela. Tenho muitas amigas, todas diferentes. Amigas para todas as ocasiões e estados. Tenho amigas que não acreditam na humanidade, amigas que analisam tudo à lupa, as que momentaneamente duvidam das suas capacidades, as que têm uma fé inabalável na humanidade, as “brutally honest”, as fofinhas, as complicadas, as práticas, as racionais, as sonhadoras, etc. Tenho amigas que vão comigo à loja do chinês, à Fashion Clinic, à Zara, ao supermercado, à merda e ao inferno se preciso for. Gosto de todas, fazem-me falta todas. As outras não me interessam.

Note to self

Entre o jogo da realidade aumentada e o clube de leitura, fico sem tempo nenhum. E eu disse a mim própria que ia escrever mais. Preciso de escrever mais. Trabalho. Também tenho a praia e outros “compromissos sociais”. Estou entre dois extremos sem futuro nenhum, mas que me fazem curiosa. Vamos indo e vamos vendo, não adianta pensar muito. Como diz a O., o futuro foi ontem.

terça-feira, 9 de junho de 2015

ME-DO

Fui ao Primavera Sound. Levei sandálias. Havia muitas casas de banho. Ainda assim, em certas zonas verdes, temi apanhar uma infecção urinária nas unhas dos pés.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Ela está no meio deles

Não é novidade nenhuma que a vizinhança de cima tem uma predilecção pelo meu terraço no toca a atirar ou deixar cair coisas. Mas, confesso, com esta não contava.

Regresso a casa depois de uma manhã passada da praia, assim que encosto a chave à porta, vem a vizinha disparada a chamar por mim e a pedir-me desculpa. Sabia que tinha um gato, agora fiquei a saber que tem duas tartarugas e, para lavar o aquário, pôs as bichas na varanda. Uma das tartarugas, “a mais maluca”, atirou-se para o terraço. Fiquei branca, imaginei de imediato um cenário de ‘quelonicídio’ perpetrado pelos cães e pelo gato que também não é muito certo das ideias:


- Ui, os cães mataram-na! Está morta?
- Não, ela andou a passear com eles. Não contava que ela caísse, desculpa.
- Mas se calhar já está morta, eles mataram-na!
- Não, o meu filho esteve sempre a vê-la. Andou a passear. Só a deixamos de ver há pouco tempo! Desculpa…


Entrei em casa a medo, dirigi-me de imediato para a cozinha e lá estava ela de patas para o ar e cheia de pêlo de cão. Coisa mais fofa, praticamente uma bolinha de algodão. Mas estava viva, lá isso estava. Agarrei na tartaruga, não dei tempo para se despedirem e entreguei-a a seu dono: Olha, é melhor dares-lhe um banho.