domingo, 17 de junho de 2018

A falta que a praia me faz. E o mar? Nunca desilude.

Estou apreensiva. Sinto-me apreensiva, but i can't put my finger on it. Até sei a origem, acho que sei. Não sei é o estrago que vai dar, se me vai estragar muito ou pouco. Ou nada. A única coisa de que tenho a certeza é a falta que "uma praia" me andava a fazer. E fui.



Para a praia, aconselharam-me a levar o "A montanha mágica", oferecido por altura do aniversário. A razão? "Se não der para ler, podes usá-lo como almofada. Tem grossura para isso". Mas estou a guardá-lo para as férias grandes.

Thomas Mann foi comigo em contos. E o título do primeiro, "Desilusão". Antes de avançar, questionei-me sobre o que seria: Alguma traição? Quebra de confiança e mentiras? Não pude deixar de sentir este título de forma pessoal, não gosto da mentira por mais que a verdade doa. 

No entanto, a história do cavalheiro que passeava diariamente na Piazza San Marco, em Veneza, é sobre a desilusão de não sentir intensamente nada, nem o sofrimento, nem a felicidade: "Então estás a despenhar-te, então isso é um facto! Mas o que é isso afinal?"

Não sei se é possível alguém sentir-se assim, sei que muitas vezes perdemos a capacidade de nos entusiasmar e proibimo-nos de viver intensamente o que quer que seja com medo da perda. Começamos as coisas pelo fim, imaginar como as coisas acabam ainda no início é uma protecção para quando tudo acaba. Mas posso dizer-vos que não é um bom princípio. Nós, pessoas, temos tendência a desiludir. No entanto, conhecer pessoas é a melhor experiência do mundo. Não somos nada sem os outros.

E pronto, é isto. Apesar de estar com mais frequência no Gluten Free, não deixarei de cá vir plantar o que arranco do peito.

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