quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Dispersar, oupas. Não há nada para ler aqui!


Nunca me interessou, nunca tive curiosidade e, sempre que me cruzei com partilhas sociais, nunca cliquei no play. Até há quinze dias atrás. Por razões que agora não interessam nada, assisti a mais de uma dezena de TED talks. Algumas estrangeiras e outras nacionais.

Eu sei a importância da partilha de experiências e conhecimentos. A inutilidade ou utilidade dos factos fica registada e quando precisamos, às vezes nem sabemos que precisamos, eles surgem do nada e, quer os inúteis ou úteis, dão sempre jeito.


Sempre que ouvia falar das TED talks, pensava logo em banha da cobra e discursos motivacionais circenses com frases feitas e nada novo. As imagens que me surgiam: senhor do megafone a vender atoalhados nas feiras e o Tom Cruise no Magnólia.


É verdade que o empreendorismo é metáfora para muita treta e que há oradores melhores e outros piores. Mas também há uma coisa boa e coisas básicas que devemos repetir como mantras.


Mudei a minha opinião por causa destas duas. A primeira, uma ideia simples para “descomplicar” e a segunda, um código para simplificar. As duas privilegiam a linguagem e a comunicação como formas de inclusão sem estratificações.


Identifico-me principalmente com a primeira, também costumo bater no “burocrês” até ele ficar em português miudinho e simples. Nunca percebi muito bem esta tradição portuguesa de complicar as coisas, nunca percebi se é para atrapalhar, humilhar, se é medo de não parecer “doutor” ou simplesmente porque não sabem fazer de outra maneira.