quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Deveras dramático

Sou uma pessoa com queda para o drama. O sentido da queda é figurado, graças a Zeus.  Se não tenho dramas, arranjo um. Imaginação não me falta. Se precisarem de dramas na vossa vida, não hesitem em contactar-me. O mais provável é não obterem resposta e inicialmente revoltarem-se com a minha falta de palavra, depois ficam tristes e, por fim, aceitam o facto de eu ser uma imprestável. Mas, lá está, queriam drama não era?

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Noves fora nada

Tenho dois cães e um gato. Uma elegante rafeiro do alentejo com 50 quilos, um puro rafeiro com 20 quilos e um gato com 5 quilos. A cadela, bem maior que os outros dois, é a mais sossegada. O cão é um histérico e o gato é elétrico.  Estes três foram animais que ninguém quis: Ela, porque é grande grande, o cão, é tripé, e o gato, com uma ferida crónica em tratamento. Moro num apartamento, mais precisamente, moro num T2 e sei que há T1 maiores que o meu T2. Sei que, para o bem deles, não posso acolher mais nenhum animal. Mas também sei que cada caso é um caso, ou melhor, cada casa é uma casa diferente. Ou seja, falar em tipologias de apartamentos sem referir m2 não é objectivo. Penso eu. Abrir excepções a criadores para que estes possam ter 10 animais num apartamento desde que sejam "as raças nacionais puras registadas para melhorarem o património genético" também não me parece normal. Eutanasiar animais com doenças contagiosas para humanos, mas tratáveis, sem lhes dar a oportunidade de tratamento parece-me cruel. Há toda esta preocupação com os limites da lotação, eu percebo a preocupação da saúde pública e também percebo os limites, eu sei que há limites, eu tenho noção do meu limite. Mas gostava que existisse também a preocupação de punir quem maltrata e abandona e a sensibilização ou promoção para esterilização/castração da bicheza.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Entrada de Carrilho dá água pela Bárbara


Não me parece nada bem este "lavar de roupa suja" em praça pública entre a Babá e o Carrilho. Coitada da canalhinha, ter que levar com estas revelações... 

Bem, no entanto, fico à espera de revelações sobre a performance sexual do Carrilho e divulgação de pormenores sórdidos da intimidade da Babá.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Eu, nataleira me confesso

Não brinco em serviço! Não há pormenor que escape à loucura do Natal.
Faltam 61 dias para o Natal. E como é que tenho tanta certeza disto? Porque a amiga H. falou-me de uma aplicação para telemóvel que faz a contagem decrescente. Já está instalada no aparelho e agora já só falta alterar o toque e fica todo quitado para o Natal.

Eu sei que parece estranho adorar o Verão e adorar também o Natal mas, o coração tem razões que a própria razão desconhece. Também sei que há quem não goste destas coisas. Eu também não gosto de muitas coisas e aguento-me à bronca. Por isso, deixai-vos de merdas, amai-vos uns aos outros e votos de um santo Natal!

Ui, só uma pergunta, já há cidades 'natalíciamente' iluminadas?

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sou uma pessoa multirresistente, tipo bactéria

Para evitar uma avalanche no domicílio, decidi fazer uma expedição ao congelador e resgatar os potenciais víveres ainda comestíveis. Dei de caras com um robalo comprado em 2008. Olhei para a etiqueta do preço - aqui, estou a mentir descaradamente. Nunca soube, nem sei a quanto está o quilo do robalo. Não gosto é de deitar coisas foras e ficam sempre bem estas preocupações próprias da economia doméstica -  e achei que valia a pena arriscar o descongelamento e posterior confecção do bicho. Se assim o pensei, melhor o fiz. O robalo grelhado com molho de limão, azeite e ervas ficou uma delícia. A acompanhar o dito, nada mais, nada menos que um puré instantâneo cujo prazo findou em Março de 2011.

Esta refeição aconteceu há 3 dias atrás e ainda estou viva. Facto que veio reforçar positivamente a minha tomada de decisão. Se tivesse corrido mal, olha, paciência. Morre muita gente todos os dias e o mundo não pára por causa disso - vou aproveitar a referência à minha morte para relembrar os colegas de trabalho que não aceito coroas de flores abaixo dos 50 euros. Vocês sabem que eu mereço e vão sentir a minha falta.

E a que conclusão chego eu com este episódio? Há um qualquer plano superior que quer a minha sobrevivência na terra e todas as minhas experiências académicas e profissionais exigiram sempre a frequência de cantinas. Comer em cantinas prepara-nos para tudo, menos para a fome.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Parece-me que ainda não é desta


Estivemos muito perto do dilúvio. Felizmente, não aconteceu. Não estava preparada. A minha arca é vertical e só tenho um frango congelado. E, segundo reza a lenda, são precisos dois.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

E é assim a vida

Alguma vez viram por aqui cor-de-rosa? Que eu saiba, apenas escrevi um vez a palavra centauro e nunca falei em unicórnios. Logo, eu não sou uma pessoa fofa mas gosto de contribuir para a paz e a ordem natural do mundo. E, de quando em vez, sempre que surge a oportunidade, porque eu não me meto na vida das pessoas, lá faço a minha boa acção.

Ontem, foi isso que aconteceu: resgatei uma "avózinha", com mantinha de lã e tudo, do WC masculino. Podia ter ficado por aí, mas não ia ficar bem comigo própria e indiquei-lhe o WC feminino. A senhora agradeceu, dizendo: Deus a ajude! 

Missão cumprida: a ordem natural do mundo foi reposta!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Toda a verdade



Tive que lhes dizer a verdade sobre o mega-contra-passatempo. A Maria Anita "foi para o lado que dormiu melhor", o Manuel Pantufa está inconsolável. Não compreende como foi possível deixar escapar esta oportunidade.

Follow up

Pronto, as aulas já começaram há mais de um mês, quis saber como tem corrido a adaptação à nova escola, nomeadamente, na relação com os outros alunos. Perguntei pelas diferenças, se a antiga era melhor ou pior que a nova. E fiquei a saber que na antiga havia mais 'gatunagem', os objectos desapareciam num abrir e fechar de olhos. Na nova escola, não há casos misteriosos de desaparecimento do material, mas, pelos vistos, há porrada mais do que uma vez por dia. Situação que desagrada em muito o meu sobrinho porque, às vezes, as cenas de pancadaria acontecem simultâneamente e ele, fica de tal maneira desorientado, não sabe a qual delas assistir. Fiquei também a saber que há já duas semanas que paira nos intervalos um pergunta sem resposta:

- Porque chamaste puta à Bruna?

Além de gostar de ver porrada e tentar separar os intervenientes da luta, o miúdo também é um pinga-amor. Que Zeus me ajude!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Mon dieu de la france, donne moi la pacience

Pronto, disseram-me que as fobias dão muito trabalho. Vou desistir. Contra a minha vontade, é certo. Mas não tenho tempo para estas coisas. Tenho pena, sempre achei que as pessoas comichosas tinham um certo je ne sais quoi.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

QUERO!



Relógio de pulso faz contagem decrescente para a morte 

Eu quero um exemplar destes! Quero estar preparada para protagonizar uma saída em grande deste mundo, cheia de dramatismo comme il faut! Só espero é que funcione mesmo porque, a não funcionar, será um bocadinho embaraçoso.

Misofobia

Tentei desenvolver a fobia aos germes, mas percebi que ia dar muito trabalho e muita despesa em limpezas. Desisti rapidamente da ideia.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Sobrevivi

Por vezes perguntam-me como é possível gostar de tudo o que seja integral mesmo que pareça farelo ou seja similar a outra qualquer ração animal, tudo o que seja dietético e açucarado com frutose, iogurtes naturais e daqueles feitos com a "planta do iogurte", todos os frutos secos e frutas super-hiper-mega-maduras com fraca apresentação.Chás e infusões de tudo e para tudo antes de avançar para os medicamentos. Pois bem, sou uma sobrevivente da obsessão materna pela alimentação saudável. E, por muito que custe à minha mãezinha, tenho a certeza que o meu gosto pela cerveja se desenvolveu devido à levedura que fui obrigada a consumir ainda em tenra idade.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A propósito do Dia do Animal

Estes dois gatinhos estão para adopção. Se não puder adoptar, ajude estes e outros animais ligando para o número solidário da Vivanimal: 760 501 526 (Mais informações em www.facebook.com/vivanimal)
Foi ainda nas Fontainhas que tive o meu primeiro bicho. Era um gato que, a bem dizer, não era nosso. Apenas parava mais no nosso quintal do que no das vizinhas. O Bibi era um gato laranja às riscas brancas. São, ainda hoje, os meus preferidos.

Não era persa, não era siamês, não era nada. Mas era deste europeu comum que eu mais gostava! 

O meu amor por ele era tão grande que quis demonstrar toda a sua grandeza num abraço. No desespero da fuga de tal aperto, o Bibi arranhou-me o globo ocular esquerdo. E lá foi a minha mãe para o hospital comigo e com a promessa de nunca mais o abraçar. De regresso e com uma pala no olho, procurei o Bibi para lhe contar a aventura hospitalar. Com a minha pala à Camões fiz sucesso no colégio. E isso, graças ao meu adorado gato! 

Quando mudamos de casa, o Bibi ficou. As vizinhas continuariam a tratar dele e dos outros que por ali andavam. Afinal de contas, era um gato de rua e não de apartamento. E eu não mandava. Nas visitas posteriores à mudança, assim que chegava, procurava por ele. Mas houve um dia que não o vi mais.

Neste Dia do Animal quis recordar o meu primeiro gato, o meu lindo Bibi. Tratem bem a bicharada, eles merecem e retribuem. Sempre!

Mais um texto do anterior blogue.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sei lá

Este domingo formaliza-se a passagem dos 8 dias sobre o acto eleitoral. Não sei o que me parece ver os cartazes da campanha por aí. Todos os dias, sinto que estou na manhã do dia de Natal. Saio à rua e vejo a magia/ilusão do Natal traduzida em caixotes do lixo cheios de fitas, caixas e papel de embrulho.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Se calhar estou enganada...

... mas quando penso em justiça, penso em igualdade. Igualdade para mim significa ter/ser igual. Ou seja, colmatar diferenças para mim é dar a quem precisa. Não consigo conceber o dar a todos e todos têm direito quando nem todos precisam dessa dádiva. Fiz-me entender?

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Sabedoria popular

Já todos ouvimos a expressão ‘os antigos é que sabiam’. Esta frase não está completa e, para fazer sentido, deveria ser dita desta forma: Os antigos é que a sabiam toda! 

Não é preciso grande análise para perceber que para cada ditado ou provérbio há outro que o contraria. Pensam vocês e penso eu que exercer sabedoria com uma verdade universal para cada situação não é ser-se sábio, é ser-se esperto. A boa notícia é que esta sabedoria está ao alcance de todos:

Podemos ser nós a escrever a nova história da sabedoria popular e criar os nossos próprios ditados. Apenas devemos ter em conta o intervalo entre os provérbios contrários, pode correr mal pelas razões óbvias.
  • Comprar o que falta em Janeiro porque em Dezembro não houve dinheiro.
  • Compra em Dezembro porque em Janeiro há aumento.
Reescrever a história também é uma hipótese: basta baralhar e voltar a dar os ditados existentes.
  • Casa roubada, espeto de pau.
  • Em casa de ferreiro, trancas na porta.
Se não tem tempo ou cabeça para criar ou baralhar ditos populares, pode sempre utilizar os que já existem. Serviram para os nossos antepassados, também servem para nós.
  • Quem espera sempre alcança.
  • Quem espera por sapatos de defunto morre descalço. 

Este texto também é do antigo blogue, mas lembrei-me dele ao ouvir o caso da Manuela.