quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Pela boca morre o peixe

O meu sobrinho mais velho tem 19 anos. Ele e os amigos andam sempre metidos nestas coisas dos meetings, IberAnime e etc. Nenhum deles tem carro ou carta, safam-se com os comboios, metros e autocarros. Mas têm-me sempre como plano B. Avisam-me com antecedência para ficar em alerta no dia ou dias do evento. Já lhes devia ter passado a vergonha de serem recolhidos pelos pais. Raramente precisam de mim. São três cromos. A barba cresce-lhes em tufos independentes, vestem-se em camadas, sendo a última camada com bonecada japonesa, e andam com o cabelo ligeiramente comprido e despenteado. Praticam Kendo, andam sempre em jogos de computador ou cartas (as cartas não são bem cartas, mas não sei explicar que merda é aquela. Há torneios e tudo.) compram BD traduzida para inglês e que, ainda assim, respeita a ordem de leitura nipónica. Quando calha ir buscá-los, a primeira coisa que digo é: então, caralho?! Não tenho a vossa vida. Toca a entrar! Muitas Sailor Moon ou nem por isso? E entram no carro a rabiar, invento algumas teorias e eles lá as rebatem com evidências científicas e cálculos matemáticos. Uma vez falaram-me da Teoria do Big Bang para os caracterizar. Vi alguns episódios da série, não gostei. Eles têm sentido prático e têm muito mais piada.

Mesmo não sendo dedicada à cultura japonesa, os cromos vão à Comic Com na Exponor. Já me alertaram para estar de piquete, resolvi ver o programa e agora também quero ir por causa deste senhor. Não sei é se me deixam ir com eles.

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