quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Amor e uma barraca | Capítulo II

Passaram dois dias desde que Rosinha entregou o número de telemóvel ao taxista. E há dois dias que verificava religiosamente o estado de rede do aparelho. Hoje estava em casa, no início do ano as quartas-feiras tinham-se tornado assim. Todos os outros Salões folgam à Segunda-feira, a patroa, mulher com olho para o negócio e não só, decidiu fechar a meio da semana. “Pelo sim, pelo não: depilação em dia e pés sempre arranjados” era um dos conselhos da patroa que Rosinha seguia à risca. Quarta-feira era o dia ideal.

Entretida com a depilação, quase rasgou uma auto-estrada quando ouviu “ò princesaaaaaaaaaaaa tens uma mensagem!” Correu para ler a missiva e verificar o remente:

oi linda k faxes????????
ass. Cajó

Pensou em responder de imediato com um “lavo cabeças de vez em quando”, mas não o podia fazer. Tinha que se mostrar difícil. E tinha que pensar numa resposta misteriosa, não podia perder a oportunidade. Da última vez que tinha encurralado um, só tinha corrido bem porque ele era coxo e teve dificuldade em fugir. Mas assim que se apanhou em campo aberto, foi vê-lo correr como se não houvera amanhã. “Cabrão do manco”, pensou.

8 comentários:

  1. Bem me pareceu. :)
    ( mal posso esperar pelo próximo capitulo)

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    1. Tinha que fechar à 4ª feira para correr bem o enredo :)

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  2. Hahahahahahahaha
    Fosga-se ganda maluca essa rosinha.

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  3. No fundo, parece-me sensata, a tua Rosinha :D
    "Lavo cabeças de vez em quando" podia soar a alerta vermelho, mesmo para um Cajó!

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    1. A minha Rosinha é super sensata, já vira frangos há muitos anos :D

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    2. Goza da tua sensatez, que isso na vida real deve ser cá um género... :D

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