quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Pinturas de Guerra: prólogo

Quando é que percebi que ia correr mal? Logo no início. Mesmo antes de chegar ao local. Recuemos na história.

À hora marcada, mais minuto menos minuto, lá estava eu para apanhar a P. e o feedback ao meu bom dia foi:

- Ei lá.... Ò chunning põe isso mais baixo!
- (Estou fodida, isto não vai correr bem...) Oh... não digas isso, eu ponho mais baixo.

Estacionada a viatura e dada a moeda ao arrumador. Fomos ao encontro da M. e, logo ali no café com o pastel de nata, percebi que só tinha metade dos pincéis que elas traziam - estou a mentir. Só tenho um pincel, é o do pó bronzeador. E elas têm mais de três ou quatro cada uma - e pensei, vai ser a humilhação total se forem todas assim como elas... Que se foda! À saída do café, ainda chutaram:

- Estás aí com uma borbulha, não é normal em ti... o que andaste a comer?
- Até é bom ter-te aparecido esse "berdoejo", aprendes a disfarçar os vermelhos.
- (Ò foda-se, vou morrer!) Eu sei, eu sei. Pareço uma indiana com a pinta na testa. Não andei a comer nada fora do normal... Vidas!

Finalmente, entramos no hotel e descemos à sala do workshop. Deparo-me com uma miúda, vestido preto e com roupa interior em número errado. Estava tudo tão apertado que dava para perceber onde acabava o soutien e onde começavam as cuecas. Mas não foi isso que me assustou. O que me assustou foi a sombra azul ABBA aplicada em bloco sobre as pálpebras: foda-se, se é para me ensinar a fazer aquela merda, posso ir embora. Eu sei fazer aquilo!

To be continued...

4 comentários:

  1. Aguardo ansiosamente pelos próximos episódios!! lololololol

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  2. Estavas o máximo!! :) Estavam as três"!!

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    1. Elas ajudaram-me, se não fossem elas, provavelmente, tinha vazado um olho :D

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