Naquela altura a praia estava escolhida por razões óbvias: facilidade de acesso. Matosinhos estava fora de questão, as senhas tinham que ser de dois módulos ou teríamos que sair no Castelo do Queijo e fazer o resto do caminho para a "bola de nívea" a pé. Leça? Nem era hipótese! Pronto, da Boavista até à Foz era o percurso escolhido.
Hoje, fui à praia. Fui à Foz. "Não há bronze como o do Molhe", lembro-me de ouvir uma velhota dizer. E é verdade, mas não tem que ser no Molhe. Já lá não ponho os pés há anos. Mas continuo a ir à Foz. De vez em quando, vou às praias da Foz. Não sei se é das rochas, do iodo, da areia que é calhau ou da poluição inerente a uma praia urbana. Mas não há bronze como o da Foz, o bronze que aguenta as lavagens. Mas agora vou de carro. E no zapping do carro surge esta música que me desenhou um sorriso morno e malandro. Depois cliquei play no Sandinista que trago no carro.
O autocarro deixava-nos na primeira linha do mar. Agora, para estacionar, só duas ou três ruas acima, junto das sedes de bancos que não têm balcão na baixa e que nunca ninguém vê na televisão até darem merda. Mas o meu problema em ir à Foz, e que não havia na altura, é a tentação. Não são os croissants da Doce Mar. São os saldos de 50 por cento da Haity na Avenida Brasil. Girls will be girls e gostar de Clash não muda nada.
:) mais a sul, também temos a praia do bronze sem igual, que é a Caparica. A água é gelada, a areia é fininha, a bola Nivea (esse monumento nacional!) aos anos que desapareceu, a camionete foi substituída pelo carro, mas o mar está lá, e é sempre ele que nos faz voltar!
ResponderEliminarNunca fui à Caparica, mas já ouvi falar :-) Nos anos que passei na Covilhã, o que mais falta me fez, depois da família, foi o mar.
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