segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Foice em seara alheia


Por norma, nunca vejo a TVI. Não vejo a ficção, não vejo a informação. E, às vezes, arrependo-me de não ver a Judite. A verdade é que, normalmente, esqueço o assunto. No entanto, devido à celeuma causada, e, como não vi o directo, fui à procura do diferido. 

Não consegui ver tudo. Logo aos primeiros minutos consegui perceber que não ia ser feita uma entrevista, ia sair um discurso moralista e pejado de juízos de valor. Podia falar sobre o convidado e questionar a escolha editorial. Ou até falar sobre o jornalismo, princípios éticos e deontologia, mas seria uma seca. Vou ficar-me pela Judite. 

Sim, o rapaz é um estroina e, sem saber ler nem escrever, tem dinheiro como merda. Dinheiro que é dele, ou dos pais dele, logo pedir satisfações de como o gasta não faz sentido. Só faltava agarrar no moço e dar-lhe umas palmadas por andar a derreter a nota. Bastava conduzir a entrevista e abster-se de fazer juízos de valor que apenas fariam sentido se este Lorenzo fosse político nacional e os seus gastos fossem suportados pelo erário público. 

Sinceramente, desde que vi e ouvi a Judite a comentar o casamento da Charlene e Alberto do Mónaco em 2011, deu para perceber que iria ser sempre a descer e, por isso, também não foi surpresa nenhuma quando me contaram que ela perguntou "A quem é que você sai tão bonito?" ao Reynaldo Gianecchini. Porque me haveria agora de surpreender com o Lorenzo Carvalho?

Judite, Judite, andas a meter a foice em Seara alheia!

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