segunda-feira, 14 de julho de 2014

"A língua é a minha pátria"

Escolhi ser Sister V. porque é um trocadilho com o meu nome, tem um certo toque religioso e soa a um ser assexuado. Esta última característica permite-me escrever o que me vem à cabeça sem grandes preocupações. Por exemplo:

A língua derruba barreiras. Mais de que um código, a língua é um músculo. Nem sempre é significado. Provoca reacções e, sem nada dizer, constrói pontes. A língua nem sempre é a palavra. Por vezes é acção.

Isto poderá querer dizer muita coisa e nada ao mesmo tempo - Tipo o marreco do Nome da Rosa que "fala todas as línguas e nenhuma". Escrito pela Sister V. (falar de nós próprios na terceira pessoa é um hábito assustador) a conotação será sempre evangelizadora e nunca sexual. Ou seja, não suscitará pensamentos como  "gostas pouco gostas", "o que tu queres está murcho" ou "vai cagar à mata", como diz a Linda Porca... espera lá, se calhar "o vai cagar à mata" é viável em ex aequo com o "come um gelado que isso passa".

Os meus amigos, aqueles que conhecem pessoalmente as andorinhas do Bordallo Pinheiro ali em cima e que fazem o favor de passar por aqui, já estão a "panicar": V., o que te passou pela cabeça para escreveres esta merda? A mim não me passou nada, mas aos que aqui chegam atrás de "broche Lisboa", "fodas à moda antiga" e "conas com fome na Covilhã" deve passar-lhes muitas coisas pela cabeça. Lamento a desilusão e o mau jeito. Tenho a certeza que escrevi essas palavras todas, não foram é necessariamente por essa ordem.

4 comentários:

  1. Sister pode ter um toque religioso, ou fraterno, mas assexuado não sei... sister é feminino e, se o encararmos apenas como "irmã de", terá uma conotação mais sagrada do que religiosa (na "irmã de" não se toca; "és como uma irmã").

    O "vai cagar à mata" é dos conselhos mais educados e eruditos que se podem dar a alguém que está a praticar o sexo violento e não consentido com o nosso juízo.

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