- Ontem estive a ler as tuas aventuras e desventuras no comboio.
- Gostaste?
- Gostei.
- Não sei se consigo passar a escrito a cena real, mas que há gente muito esgrouviada a viajar de comboio, há!
- As coisas que tu testemunhas, meu Deus!
- FODA-SE, ninguém merece…
- Hoje também assisti a uma cena linda num café,
pensava que ia haver porrada!
- Ò que caralho…
- Uma cliente a pedir o livro de reclamações e outro a
dizer: você deve ter a mania que é importante! Você deve ter a mania que é uma
gaja muito importante! A mulher, além de ter escrito no livro, diz que vai
fazer queixa do homem que lhe chamou gaja!
- Ai Jesus, que cena!
- Não sei se a mulher tinha razão ou não, mas, pelo
que percebi, era a segunda vez que pedia o livro naquele estabelecimento. Hoje não tinha gostado da forma altiva com que a empregada lhe respondeu. Enfim!
- A senhora deve ser um vidrinho de cheiro!
- Foi o Agosto, mas veio o Setembro.
- E o verão chegou com o Setembro, os ânimos fervem!
- E quando não é do período, é da menopausa. Há sempre
uma razão para as pessoas serem parvas umas com as outras.
- Há e concordo com o que disseste quando aí estive, o
povo anda muito intolerante. Anda tudo parvo.
- Cada vez tenho menos paciência para gente parva.
Como o meu adorado ex-colega dizia: não gosto nada de gente parva!
- Será que ele se incluía nessa categoria? Devia
fazê-lo…
- Devia fazê-lo, mas as pessoas parvas não sabem que o
são. Eu, se calhar, sou parva e não sei!
- Pois, normalmente as pessoas parvas acham-se o
máximo! Mas tu não és parva.
- Ainda bem!
- Nem lá andas perto!
- Vou tentar manter-me sempre longe da parvoíce, até
porque para quê ser parva se há quem seja melhor que eu?
- Claro, cada macaco no seu galho e se é para ser medíocre,
mesmo que em parvo, deixa-te estar como estás!
- É isso!
- Também vou fazer o mesmo, partindo do princípio que
não sou parva, ou melhor, sou parva quando devia ser parvalhona e rebentar tudo
na porrada!
Sem comentários:
Enviar um comentário