Happiness is...

Não sendo uma coisa habitual em mim e como tenho a mania das justificações, ao publicar o aviso de abertura do meus 100 happy days no Facebook, uma amiga comentou: boa sorte para o desafio, terás de ser pouco exigente para o conseguir levar até ao fim. - Foda-se, pouco exigente?! O que é a felicidade ou qual é o conceito de dias felizes para ti, mulher?

Não tenho 24 horas felizes, não ando a gargalhar ou a rir sempre. Não sou tolinha. Também não estou necessariamente infeliz as 24 horas. Ser feliz não é gargalhar ou rir. Estava bem fodida se assim fosse. A felicidade são momentos, não podem ser objectivos de vida ou corremos o risco de sermos uns frustrados porque não os atingimos ou porque só seremos felizes quando os atingirmos. E depois de atingido o objectivo, voltamos a ser infelizes ou somos felizes para sempre? E, para além disso, os objectivos também mudam, comigo mudam. O que eu queria há 15 anos atrás, não é o que quero agora. Seja por força das circunstâncias, seja por minha vontade. Teria que ser infeliz por não os atingir ou ser infeliz a tentar atingi-los?

A felicidade é um equilíbrio entre o que temos e o que queremos, penso eu. Para o desejo que considero universal, não consigo arranjar um conceito universal de felicidade, só sei que tomar um cafezinho com amigos, jantar com amigos, ter companhia no chat, ir à praia, comprar uma saia com 70% de desconto nos saldos, ter os meus bichos ao pé de mim, deitar-me numa cama feita de lavado, comer um éclair na Leitaria da Quinta do Paço ou um croissant na Doce Mar são para mim alguns exemplos de momentos felizes. Nos intervalos dos momentos, não estou triste, estou normal. Tenho dias melhores e tenho dias menos bons, mas nunca pior! Se calhar sou pouco exigente.