sábado, 27 de setembro de 2014
Black cat, whitish dogs
Tenho um, rafeiro puro, que, antes de chegar a mim, foi devolvido três vezes. Um cão com três patas numa associação que agora é um cão tripé em minha casa. Tenho uma, rafeira do Alentejo, que fazia parte de uma ninhada indesejada. Tenho um gato, um gato preto de associação, com uma ferida crónica na pata traseira. E Mantorras é o nome que lhe assenta melhor. Depois há os outros, os que não vieram cá para casa. Deixei o trabalho de campo, fanatismos e falta de educação não ficam bem em causa nenhuma e desisti de explicar e de me fazer entender. Ser chamada para apagar fogos de situações que nunca deviam ter acontecido, cansa. É complicado querer ajudar e não ter meios, nem espaço. Mas o que mais me marcou nestas andanças pelo voluntariado animal foi acompanhar cães doentes e velhotes, cães de todos e de ninguém, para eutanasiar. Não é adormecer, é eutanasiar. Estar ali ao pé deles e sentir que não fiz tudo por eles. É fodido.
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A mim ficou-me atravessada uma gatinha preta, com lesão da medula, e chegou-me. A facilidade com que se decide a eutanásia nos animais também é aterradora...
ResponderEliminarSó não digo que já vi de tudo porque já vi acontecer coisas que nunca me passariam pela cabeça.
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