terça-feira, 3 de junho de 2014

No sábado, éramos para ir ao Serralves em Festa...

mas não fomos. O medo da confusão São Joanina sem martelos, a falta de conhecimento sobre os executantes da música alternativa e a perspectiva da dificuldade de estacionamento foram os motivos da desistência. No entanto, a M. veio de Bruxelas e tínhamos que a levar a algum lado: "vai-se à baixa, deve estar agradável. A confusão deve ser pouca por causa de Serralves."

Decisão tomada, só faltava pensar numa forma de lhe dizer que, para a baixa, ir antes da meia-noite é perder tempo e gastar muito dinheiro em parque de estacionamento. "Eles deitam-se muito cedo... já sei! Dizemos que a vamos buscar às 23h00, só aparecemos lá para 23h40 e fica resolvido. Mas vamos levar bronca... Olha, que se foda!"

Felizmente, a malta que está há tantos anos fora do rectângulo é fácil de contentar. Não levamos bronca e para isso só precisamos de a deixar beber café que "em Portugal, qualquer café de esquina tem um bom café". E, como veio do frio, o tempo estava agradável e, já se sabe, o bom tempo só por si ajuda a dispor e as bocas sobre a pontualidade portuguesa foram esquecidas.

Não estando a confusão do costume, muitos optaram pelo mesmo:

- Então? Por aqui?
- Não foste a Serralves?
- Estive para ir...
- Eu também, mas deve estar complicado para andar por lá!
- Foi o que nós pensamos e viemos para aqui...

Novidades trocadas, despedidas feitas e "gosto muito de ti": e eu também gosto de ti, miúdo. 

Alguns sítios do costume e outros novos depois, a M. acusa o cansaço de quem já costuma estar a dormir. E, mesmo à saída, fazem-me perguntas. Melhor amigo e companhia podem ficar orgulhosos, desta vez não fui desagradável. Mesmo não me estimulando por aí além, (confesso que o metro e noventa deixou-me tremida) ouvi o que ele tinha para me dizer e despedi-me cordialmente. O facto de não parar a minha marcha com uma agarradela de braço e não ter ar de quem tem menos 15 anos que eu, ajudou na disponibilidade para a conversa da treta. Mas, Z., ainda não entreguei o meu papelinho. A fase do se-vais-entrar-eu-estou-a-sair-fui continua. Conduzir com o depósito na reserva é para já a única aventura que me permito.

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