sábado, 3 de maio de 2014
Crónicas de uma viagem: Alfama et al
Outra vez o metro Baixa-Chiado, descida e mapa na mão para descortinar as ruas e travessas. Subida de rua inclinada e “elevador para o Castelo de São Jorge? Dentro do Pingo Doce? Será?” Avança-se a medo e parece que é mesmo. Entramos nós e mais dois. Foda-se, o elevador é panorâmico: tenho vertigens, caralho! Encosto-me à porta enquanto os outros dois perguntam coisas num português alterado. Não percebo se são portugueses emigrados ou emigrados em Portugal. Mas também não era a melhor altura para perguntar ou responder ao que quer que fosse. Felizmente a viagem é curta.
Faz-se tudo sem percalços apesar das obras no caminho. Avançamos pelo Chapitô e lá está o Castelo de São Jorge. Pronto, está visto! Siga para a Alfama que também há vontade de passar em São Vicente por causa do ateliê de não sei quem “onde há umas sardinhas em pano muito giras!”
Rapidamente chegamos a Alfama, lá estão os eléctricos e ao longe vê-se o Panteão: Temos que tirar uma selfie! Passamos pelo Jardim das Pichas Murchas que de jardim só tem a placa. Não vi relvado ou flores em lado nenhum. Com certeza murchou e cimentaram tudo. “Olha, que giro, Rua dos Cegos! Deixa-me tirar uma fotografia também a esta!”
Largo da Graça, Rua da Graça, Igreja da Graça, procuram-se a indicações para São Vicente e chega a SMS com a “Mudança de planos: para vocês não terem de vir para aqui de propósito, poderíamos encontrar-nos na zona do Martim Moniz que tem mais oferta de restaurantes e lojas interessantes. Quando estivermos na zona, mando SMS a sugerir ponto de encontro”: Ok!
Abandonamos a procura de São Vicente para começar a ir para o Martim Moniz. Paragem no café que tinha gato no nome. Repõem-se os níveis da cafeína, partilham-se as fotografias no Instagram apesar dos constantes protestos: Que foi? Tenho de partilhar esta merda do Jardim das Pichas Murchas. Não posso guardar esta pérola só para mim!
De acordo com as indicações do Senhor do café “para o Martim Moniz é sempre em frente!” Deparo-me com a Travessa das Mónicas: Tenho que tirar uma fotografia para enviar a uma amiga! De volta ao caminho e, como é natural, o sempre em frente é bastante subjectivo e varia de pessoa para pessoa. Não encontramos o Martim Moniz, mas chegamos a São Vicente. Admira-se a Igreja e procura-se o tal ateliê que afinal “não tem as sardinhas giras em pano. Mas da outra vez tinha”: Ai sim?! Que bom.
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