Despedidas feitas à porta do elevador e pequeno-almoço marcado para as 09h30 da manhã. A hora já ia adiantada e a noite iria ser dormida a correr. Mas, que se lixe, quando morrer terei tempo para estar de olhos fechados.
O despertador cumpre a sua função e salto para o banho. Hoje não lavo a cabeça que já se faz tarde e não tenho tempo para usar toda a parafernália de domesticação dos caracóis. Mas se a lavasse, inundaria a casa de banho. O polibã era tão pequeno que, (foda-se, já vi tampas de saneamento maiores!) quando esfregasse a cabeça, ficaria com os cotovelos de fora.
Desço e sigo para a sala de refeições. Na mesa ao fundo, já estão sentados os convivas da Rua da Prata. Trocam-se os bons dias e vão avisando que a “oferta pequeno-almoçal” não é grande coisa. Mas nada me teria preparado para aquilo: onde está o meu sumo de laranja natural? O meu pão integral? As frutas? Os bolos? Iogurtes? Damn it! Come-se o que há e em quantidade suficiente para aguentar o andamento até à hora do almoço:
- Nós estamos a pensar em ir até à Gulbenkian, almoçar por lá e vocês?
- Queremos ir a Alfama e à tarde ir até Belém, nunca fui a Belém. Nunca estive no Padrão dos Descobrimentos. Ou melhor, nunca passeei em Lisboa. Sempre passei por aqui em trânsito para outros lados. Mas podemos almoçar juntos, não?
- Sim, sim. Almoçamos juntos!
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