Recebo a SMS que diz “Ainda não conseguimos andar de eléctrico. Encontramo-nos ao jantar. Digam alguma coisa para marcarmos ponto de encontro”: Ok, estamos na baixa!
Fazemos o caminho contrário que nos leva da Rua Augusta ao ponto de partida. E só agora é que vemos a Brasileira e o Fernando Pessoa. Temos que tirar a foto da praxe. Espera e não espera, senta e não senta, ouço a chamarem por mim. Quem é, quem é? É a Catatau e o H., tinha estado com eles na semana anterior mas abracei-os como se não os visse há anos. Isto de estarmos fora da terra, mesmo que ainda não tenham passado 24 horas, mexe com o coração da gente. Tiramos a selfie que se impunha com o Fernando Pessoa e fica o jantar marcado para o dia seguinte com o primo lisboeta. Na despedida fica o conselho: têm que ir ver o Adamastor, é um miradouro, tem uma vista fantástica. Consegues ver o Cristo Rei!
Apesar da estranheza de ver tanta gente na rua e a beber às 17h00 da tarde, muitos estrangeiros e pouca gente a quem perguntar indicações – mapa, taxistas e polícias foram as fontes de informação mais usadas neste fim-de-semana - valeu bem a caminhada. Fotografias tiradas à figura que “se nos mostra no ar, robusta e válida, de disforme e grandíssima estatura” e à panorâmica, chega nova SMS com um “Estamos no restaurante Aldea na Rua da Prata que por sua vez fica perto do Terreiro do Paço. Diz algo.”: Ok, vamos tentar chegar aí!
Mapa na mão e tenta-se identificar o Terreiro do Paço para encontrar a Rua da Prata. Mas primeiro é preciso identificar a nossa posição geográfica. Damn it! Onde é que estamos? Espera, deixa lá ler a placa. Manada de pessoas a passar, algumas quase que nos levam o mapa, e todas com ar de saber tanto como nós:
- Olhe, desculpe, posso fazer-lhe uma pergunta?
- Pódxi, pódxi fazer uma ou duas!
- (Ò foda-se, está tudo fodido!)
- Se eu pudé ajudá...
- Obrigada, como é que vamos daqui para o Terreiro do Paço?
- Ségui por eista rua e passa o Largo dxi Camões, dipois virá dxireita e ségui até ao rio. O rio é ponto de riférença. Quando chegá a uma práça toda concretada, é lá o Terrero. É tudo concrétado, não tem árvori!
- Muito obrigada, boa tarde!
Encontrada a praça concretada, faltava perguntar pela Rua da Prata:
- Por favor, onde é a Rua da Prata?
- É uma destas, se não for esta, é a seguinte. Há a Rua do Ouro, a da Prata, há muitas ruas e não consigo memorizar.
- Ok, obrigada!
Menina, se me está a ler, a primeira é a Rua do Ouro ou Rua Áurea.
Espero que essas pessoas do eléctrico tenham conseguido andar de eléctrico :D
ResponderEliminarEspera pelos próximos capítulos e saberás :D
EliminarEstou à espera dos próximos capítulos, woman! :P
ResponderEliminarEstão a sair :D
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