- Nem pude ver o debate de ontem… sinto-me lesada!
- Ficarias lesada se visses. Vi pouco, e mesmo assim foi demais. Nódoas.
- Vês? Fui lesada. Nem posso falar mal do debate!!!! Não tenho conversa para hoje, as minhas relações sociais foram afectadas. Sinto-me lesada! Só eu é que li a metamorfose ontem e isso vale-me de quê ao nível das conversas de café? Nada, zero, nicles!
- Podes sempre fazer alusões ao debate, remetendo para passagens do livro. Coisas genéricas (que não passou disso) para o concreto do imaginário kafkiano. Paradoxo do concreto do imaginário – Lindo!
- Ui, achas? Pode ser arriscado! Quem é a barata que sai do quarto para azucrinar os elementos da família? O Sócrates?
- Claro.
- Parto dessa realidade para a conceptualidade da metamorfose?
- Não sei se o Sócrates chega aí ou fica no estado “baratal”.
- E também não sei se é ele que morre, ele mata. Certo? A transformação dele transtorna todo o universo familiar. E poderá não ser recuperável ainda que possa parecer que sim!
- A transformação do Sócrates transformará toda a família socialista numa massa homogénea, acrítica?
- Pode acontecer…
- Ficaste a ganhar.
- Ele é barata porque se tornou igual a todos ou porque é diferente? Ò pá, acabei de ler o livro ontem. Ainda estou na zona do literal. Ainda não cheguei às metáforas. Os próximos dias vão ser passados a pensar, digerir e a interpretar o que li.
- Liga à Meo e agradece!
E ainda lhes podes meter um processo em cima alegando a 'Perda de Chance' de comentares no teu blog o lai lai lai e ganharias de certeza. Ficar sem ver o debate deve ser das piores coisas que te poderiam ter acontecido nos últimos tempos.... um horror.
ResponderEliminar(Para entenderes essa coisa kafkiana é leres a Arte do Romance do Milan Kundera que ele explica buéda bem essa cena marada da Metamorfose.)
É só prejuízo!
Eliminar(Obrigada pela dica ;) )