quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A cozinha e o autor

Na televisão não faltam programas sobre eles. Já ninguém é simplesmente cozinheiro, agora é-se Chef e alguns de farda preta porque a branca já era. Parecem ninjas à volta dos tachos, mas é bonito de se ver tanto glamour.

Se há alguns anos atrás, ir para cozinheiro, era uma saída profissional para quem não rendia na escola. Actualmente, foi feita justiça. Ser cozinheiro já não é sinónimo de gordurento e também já não é a última opção, é a primeira. Um Chef é alguém com status social elevado, é alguém valorizado pela ciência aplicada na elaboração dos pratos. Ser Chef é ser in, é ser gourmet, é ser reconhecido na rua, é ter bom aspecto, é ter uma cara-metade com bom aspecto e é receber prémios pela sua cozinha de autor. É-se Chef por todas estas razões, mas, sobretudo, é-se porque é o que se quer ser.

O Chef ascendeu à categoria de rock star e, verdade seja dita, com todo o mérito, não é qualquer um que com meio espargo, um tomate cherry, uma folha de alface, um rolinho de fiambre e duas azeitonas consegue confeccionar um prato, confitado em cama de cebola e regado com vinagre balsâmico, tão bonito e, presumo, saboroso.

Viva o Chef e viva a cozinha de autor!

É do outro blogue, mas, como ando a ver o Masterchef Austrália, decidi resgatá-lo.

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