Da primeira vez, foi inesperado, calhou sermos três e o filme foi “As Crianças do Sacerdote”. O segundo filme, combinamos as duas e foi o “Quase Gigolo”. Levei Papa Figos e a O. ofereceu as batatas fritas. À terceira, decidimos ver “A Pianista”. Muito por causa do estado da Sra. A. que não quis contar o filme, mas não conseguiu guardar para si o quanto “as emoções da pianista” a afectaram. Levei pipocas de cinema para acompanhar o Esteva. Nos primeiros 40 minutos de filme, estávamos de acordo - o estado de choque da senhora era claramente exagerado! Com o avançar do filme, as coisas mudaram:
- Cheguei a pensar que ele a amasse realmente e que só não sabia como agir de acordo com os pedidos dela.
- Não. Ele só quis ter. No final, ele é cínico e, ainda assim, ela prefere magoar-se do que o magoar a ele.
- Apesar da submissão proposta, ela tinha o poder. Perdeu-o quando foi atrás dele. Vês? É por isso que eu não corro atrás de autocarros.
- Ela estava a ceder à loucura. Há pessoas assim, preferem ser loucas. Nas relações dela não existe afecto, só existe carência.
- A relação com a mãe era super estranha. A mãe até, se calhar e de um modo muito estranho, gostava dela.
- Não, a mãe tinha necessidade dela. Não gostava dela.
- Foda-se…
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