sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Small talk

- Não é de cá, pois não?
- Não, sou do Porto.
- Ah... do Porto, mas não tem pronúncia portista!
- Não, não tenho e não conheço ninguém que tenha tal pronúncia.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Ando a cantarolar isto


Tantas vezes vai o cântaro à fonte...

- POR FAVOR, mais uma não!
- É de um mau gosto atroz! Que merda é aquela? O que lhe deu? Quanto recebeu para aparecer naquela figura? Já não é a primeira vez que aparece nas capas por ter “fintado” a morte!
- Pois não! Não aprendeu da primeira vez, estou chocada!
- Quantas vezes já terá visto a luz a chamar por ele?

Aviator

Fizeram-me acreditar que o que eu mais queria na vida era estabilidade, contas para pagar e poupar para o lugar comum. No dia em que me cansei do "parecido" e "quase igual", comprei os Ray-ban a pronto e mandei tudo foder.

Se fosse um cena de filme, seria a cena final e começaria com o plano de pormenor de uma mão feminina a assinar o registo de uma empresa de mudanças. Passaria a plano geral com a mulher de Aviator postos, os dois cães pela trela, a caminhar em direcção ao público. Atrás - isto já é um cliché, mas que se foda - uma grande explosão e consequente incêndio. Mas sem grandes dramas, os sapatos estariam a caminho de um local seguro. 

Não me façam sentir anormal e ter vergonha de gostar de coisas tão diferentes, não me peçam para esconder umas e mostrar outras. É possível, por exemplo, gostar de Clash e cor-de-rosa simultaneamente, eu sei que é.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Isto e o seu contrário

Um dia destes perguntavam-me se já tinha sentido raiva. “Sim, já. Mas não perco tempo com isso.” A teoria apresentada dizia que a raiva surge do amor. Sente-se raiva por quem já se sentiu amor. Tal como só existe o bem porque existe o mal. Chamei-lhe a teoria do super-herói. Cada super-herói tem o seu vilão, o seu arqui-inimigo. 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Está decidido

"Quem brinca com o fogo, queima-se", "quem dorme com meninos, acorda mijado". Desisti. Ainda não é desta que "pago para ver".

Inverteram-se os papéis

É uma espécie de Casa de Fados, mas sem a sina dos fados. Aqui conversa-se e petisca-se. Já lá não ia há mais de um mês, ela, que vai com frequência, trata pelo nome próprio o patrão e os empregados. E assim que a miúda que serve às mesas nos pergunta ao que vamos, ela, antes de fazer o pedido, responde com um “então, como é que estás?”. O inesperado acontece, a miúda desata numa choradeira. Começamos o interrogatório para tentar ajudar:

- Mas o que foi?
- Ele disse que me amava! Ele é que andou atrás de mim! Ele é que insistiu! (simulando uma faca a espetar-lhe no peito)
- Há quanto tempo estavas com ele?
- Há duas semanas… mas ele disse que me amava! (continuando a simulação da faca a espetar-lhe no peito)
- Mas, olha, ele disse-te isso quando?
- Estávamos juntos há dois dias…ele disse que me amava! (Faca fictícia sempre a entrar e a sair do peito)
- Mas foi quando estavam na cama?
- Não, ainda não tinha acontecido nada.
- Pronto, está explicado. Olha, é natural estares assim e isso passa-te. Acredita. Tenho com toda a certeza mais dez anos do que tu. Que idade tens?
- 22…
- Tem calma. Não fiques triste, não vale a pena!
- “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena!”*
- Hum?! Sabes que… Pronto, ok. You go, girl!
 

A miúda lá foi à vida dela e de olhos inchados, mas tinha uma dúvida a precisar de ser esclarecida:

- Olha lá, da outra vez que estive cá, ela não andava toda contente?
- Sim, andava aí com um rapaz que trabalhava num outro bar. Mas ela está falar de outro, já não é esse.

* Desde que começaram a ser impressas em ímanes e azulejos para os fundos dos tachos, as palavras do Pessoa são diariamente vandalizadas. Felizmente, “à parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo”.

Demis Roussos

Fartei-me de ouvir isto em miúda. Ouvia o que me davam e também respondi muitas vezes à pergunta: Diz lá, era ou não era mais bonita que a Amália?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Mastozoários

- Oh my fucking god!!! What the fuck????????????
- CERDO! Quase que me vazavas a vista com este link! Tem cuidado, caralho!
- Sim, este link é perigoso!
- Até escrevi cerdo em vez de credo, credo!
- Peço desculpa.
- Para a próxima, antes de enviares um link deste género, escreve: protege os olhos, amiga!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O mistério do Detective Feng-Shui

Já comprei livros por uma questão de gosto, por obrigação, por necessidade, porque me foram indicados, por serem clássicos, por causa do autor, porque gostei da capa, porque gostei do título, porque li a sinopse em algum lado e alguns porque sim, ou melhor, pelo preço que nem paga as folhas onde foram impressos – nem quero imaginar o que sente um escritor, por pior que seja, ver um livro seu à venda por um ou dois euros. Sem me querer armar em finecas (ou foleira), já comprei papel higiénico mais caro.

E esta conversa toda porquê? Porque, durante as alterações domésticas do pré-ano novo, encontrei este livro e não lhe sei decifrar a origem ou a causa de estar cá em casa. O facto de se tratar de um policial é uma pista forte. Gosto de policiais. Não me foi emprestado, nunca me esqueço de um livro emprestado. O que quero para mim, quero para os outros e quero que me devolvam os livros que empresto. Sou muito fofinha, mas, para recuperar livros e dinheiro, i will fucking hunt you down. Só fui vítima de empréstimo uma vez e jurei que nunca mais. Foi aos treze anos, fiquei sem o Diário de Anne Frank. Tenho neste momento um único livro emprestado e o lugar dele está aberto na estante, aquele hiato entre dois livros serve para me lembrar que falta ali um. Voltando ao Detective Feng-Shui, o livro não é novo, o autor, Nury Vittachi, não me faz soar as campainhas. Ofereceram-me o livro? Comprei para oferecer a alguém? Outra hipótese possível é a compra ser mais recente que o livro e a aquisição ter-se dado por poucos euros. Não sei, não me lembro. Vou ler o raio do livro e estou decidida a não pesquisar nada sobre assunto. Vou fazer uma leitura não-condicionada e seja o que Deus quiser.


Este é livro. O verniz é o 555, Blue boy, Chanel.

Either


Hoje funcionou


A coluna esquerda, hoje, colaborou. Amanhã não sei se ainda a tenho por cá e, não a tendo, se será definitiva a sua ausência.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A modos que é isto

A verdade é que pouca coisa me surpreende. Aliás, neste momento, a única coisa capaz de me surpreender é a coluna esquerda - tive que olhar para o relógio para confirmar a posição - do carro. Não sei o que a influencia, só sei que tão depressa está calada como de repente começa a desbobinar.

Exagerei

Isto de dormir depressa e acordar cedo tem alguns inconvenientes. Não sou nenhum Rembrandt  da maquilhagem, sou muito básica (e não é só nestas coisas que sou básica). Acrescento apenas a cor que o Inverno me tira. Hoje, soube que exagerei nas pinceladas pela senhora do café:

- Está mais morena, fica-lhe bem!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Uma ajuda extra

- Vou ao supermercado. Queres alguma coisa, Ambrósia?
- Quero. Não quero Ferrero Rocher. Traz-me Mon Chéri. Apetece-me álcool e não algo.
- Emborrachares-te com Mon Chéri vai demorar algum tempo.
- Fixe, não tenho pressa.

Este não é o dia mais triste do ano

O dia mais triste do ano não poderia ser hoje, claro que não e, além disso, nem tudo o que se justifica com cálculos é verdadeiro.

O meu sobrinho mais velho faz 20 anos.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Até podia ser

Já tinha aqui dito que a confiança que os meus amigos depositam em mim e as capacidades que me reconhecem, comovem-me. A sério que sim. A última foi a minha porta "alterada"e o elogio às minhas capacidades "alteradoras". Gosto de decoração e faço ou altero algumas coisas. Posso não ter bom gosto, mas isso são outros quinhentos. E a minha casa não dá para tudo, - talvez consiga criar um mezzanine para anões! - mas dou graças a Deus pelo vintage home decor e vintage industrial style que isto de ter "bicheza" dá cabo dos rodapés e outras madeiras. 

Gosto de espreitar estas inspirações!

One of these days

Confesso, tirando a parte da decadência física, estou mortinha por chegar a velhota. Juro. Esquecer o politicamente correcto e deixar a ligação directa correr. Por mais barbaridades que eu possa dizer, - não se bate em velhinhas, pá! - o "coitadinha, está cheché" não beliscará em nada a satisfação de dizer, por exemplo, "que natureza morta é essa que trazes na cabeça? Ah, é o teu cabelo. Está uma bela merda, parabéns".

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Cicatriz

São duas acima do lábio. Uma maior que outra. Mas a que interessa é a mais pequena. É uma covinha, um furo. A história por trás dela tem muitos anos. Não sei qual era o motivo, sei que estava a massacrar o meu irmão, o meu irmão mais novo. Estava a arreliá-lo tanto que ele agarrou no que tinha à mão. Tinha uma faca. E atirou-a. Lembro-me da cara de pânico dele durante o voo da faca. Lembro-me de a ver debaixo do meu nariz. Lembro-me de a ver espetada em linha recta. Lembro-me que ficou segura por segundos e que caiu ruidosamente no chão. Lembro-me de desatarmos a chorar. Lembro-me da palmada dada a cada um pela minha mãe. E Lembro-me do meu irmão todos os dias.

Isto não é uma história triste, pelo contrário. É uma história engraçada como tantas outras. Éramos uns índios, um de nós acabava sempre lesionado - ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo. O drama durava pouco tempo e depois era gargalhar com os "lembras-te quando". Na teoria, tínhamos sempre boas ideias e descer a Rua João Grave com uma bicicleta sem travões teve tanto de libertador como de doloroso. Valeu a pena.

Mirror, mirror on the wall...




Monir Shahroudy Farmanfarmaian: Possibilidade Infinita. Obras em espelho e desenhos 1974-2014

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Uma questão de fibra

Quando vejo pessoas envergando roupa visivelmente abaixo do número que vestem, sinto pena das fibras. E não faço destrinça entre fibras naturais ou sintéticas. Em questão de sofrimento, não há fibras de primeira e fibras de segunda. Imagino-as de mãos dadas, a suar a rodos e a fibra líder a gritar: AGUENTEM! SOMOS FORTES! JÁ PASSÁMOS POR ISTO, NÃO É NOVIDADE NENHUMA PARA NÓS! FORÇA, JÁ SÓ FALTAM 10 HORAS! BY THE POWER OF GRAYSKULL… WE HAVE THE POWER!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Isto não é o que parece

- Estive para ligar ao Zé a pedir conselhos sobre silicone. Mas não foi preciso. Está tudo escrito nas embalagens. Não é o silicone dos implantes mamários, é o das casas de banho e cozinhas. Se fosse sobre esse, falava contigo.

- Então, está resolvido.

Ser ou estar?

Não temos sempre que mudar. Em equipa vencedora não se mexe e algumas rotinas são a certeza da segurança. Sim, o ser humano é insatisfeito por natureza (a pirâmide de Maslow explica muita coisa em geral e em particular). Mas se gosto assim, vou arriscar e mudar para quê?

Pagar e morrer, quanto mais tarde, melhor!

Não gosto de pagar porque coisas que (acho) sou capaz de fazer. Só em última instância ou várias tentativas falhadas é que recorro a electricistas, trolhas e picheleiros. Quer dizer, o carro - tirando o óleo e outros líquidos - deixo sempre para o mecânico que prezo muito a minha viatura, mas, avancemos. Esta semana, avariou o mecanismo do autoclismo. Olhei para ele e achei-me com capacidade para resolver o assunto. Imbuída de “tesão do mijo”, saí disparada para comprar o substituto, – da última vez que usei esta expressão, o meu sobrinho mais velho achou por bem explicar-me as razões científicas deste fenómeno e ao meu “MEU DEUS, eu não acredito que estás a falar comigo sobre erecções?!, respondeu com “Ò tia, mas eu sou de ciências!” – chegada ao hipermercado do bricolage, pedi ajuda. Não soube responder com certeza às perguntas colocadas, mas trouxe o que me pareceu correcto. Mas não foi o correcto e hoje é mais um dia sem água no autoclismo. E isto faz-me pensar nas pessoas que vêem problemas onde não os há. Queria vê-las na minha situação. Isto sim, isto é um problema real!

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Às vezes preciso de travão

Com a idade aprendi a ser paciente, a pensar antes de agir ou falar. São poucas as vezes que reajo ou faço alguma coisa por impulso. Mas há coisas que me tiram do sério e não consigo controlar-me. Não encontrar lugar para estacionar e carros parados em segunda fila são duas delas. A semana passada precisei de usar parques de estacionamento e, mesmo a pagar, não foi fácil encontrar lugar:

- Foda-se, não há um filha da puta de um lugar, caralho! Os únicos lugares vagos são para deficientes. Foda-se, tanto lugar para deficiente! Caralho, Portugal é um país de mutilados e eu não fazia a mínima ideia! Puta que pariu ou o caralho…
 

Nota ao pessoal do mestrado: eu já assumi o pagamento do jantar, não vale a pena andar a contabilizar os “0,50€ por palavrão”.

Em frente

Pela observação directa e através de relatos de outros, posso afirmar que cães e gatos atravessam a rua de maneiras diferentes – Nunca atropelei ninguém (Nem cão, nem gato, nem pássaro, nem mulher, nem homem, nem velho, nem jovem, nem criança). Sim, há muito bicho na rua sem dono e sei que não consigo ajudar todos. Vou ajudando um de cada vez e aqui também entram pessoas. Normalmente, há sempre as excepções à regra, os cães param, olham e seguem em frente. Os gatos seguem a direito sem olhar e quando sentem movimento, não correm para a frente, hesitam por segundos e regressam ao ponto de partida e é nesse ressalto que as coisas podem correr mal. Hoje, na A4, vi um gato preto a correr da esquerda para a direita. Foi por uma unha negra (estive para escrever pintelho, mas desisti). Parou quase em cima do carro da via direita. Eu estava na esquerda a ultrapassar, desacelerei porque pensei que ele voltasse para trás. Não voltou, deixou passar o carro e seguiu o seu caminho. Levei com os sinais de luz da condutora que seguia atrás de mim e com razão. Podia ter corrido muito mal. Enfiei-me na direita, sabia que ela ia olhar para mim, assim que passou, pedi desculpa gestualmente.
 

Lições: Voltar atrás nem sempre vale a pena. Nem sempre os outros fazem o que esperamos deles e, na estrada e fora dela, nem sempre tenho razão. Manter a distância de segurança entre veículos a circular é importante. E os gatos pretos não dão azar. Esta última não posso afirmar com toda certeza porque, tecnicamente, ele não se atravessou à frente de ninguém. Atravessou a estrada, mas não sei se a estrada estará preocupada com isso.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Bola d'Ouro 2014


A minha amiga H. gosta do Vitória em particular e do futebol em geral:

- Hoje é dia de atribuição da Bola de Ouro. Ronaldo, Messi ou Neuer… um deles ganhará. No entanto, mais do que a Bola de Ouro, o que realmente me interessa saber é que fato escolhe Messi!

- Quando li Bola de Ouro, pensei imediatamente nisso!

Nem só de cisnes vive o lago


Já estava combinado e lá fomos ao Coliseu ver o Lago dos Cisnes. Algumas escorregadelas e passos menos acertados, mas valeu a pena. Na tribuna ímpar, eu, a Z. e a L., na plateia, melhor amigo do Facebook e a sua (que é mais seu) cara-metade. Final do espectáculo com reunião no átrio marcada e urgência em falar com o melhor amigo do Facebook porque já o tinha dito às amigas:

- Viste o rabo do bailarino principal?
- Então não vi?! Mas aqui o cara-metade diz que são próteses…
- Próteses?! Está louco? Notavam-se os músculos todos, glúteos super definidos e tonificados… isso é inveja!
- Estás a ouvir o que a V. está a dizer? Não são próteses, é dor de cotovelo!

Oi!

A Inglaterra que fez nascer a revolução dos The Clash

Quem vem e atravessa o rio


Fui cicerone por cinco dias. A algarvia fez o trabalho de casa e já trazia “desejos” para visitar: Livraria Lello, Casa da Música, Serralves e o Majestic. Fomos a todos e pelo caminho ainda fomos a mais alguns. Mercado do Bolhão, Rua de Santa Catarina e a Capela das Almas, Majestic, Igreja de Santo Ildefonso, Praça da Batalha, Teatro de São João, Praça dos Poveiros, Rua de Passos Manuel, Coliseu, Rivoli, Rua Sá da Bandeira, Estação de São Bento, Igreja dos Congregados, Aliados (Guarany e o McDonald's no Café Império), Rua 31 de Janeiro, Torre dos Clérigos, Livraria Lello. Os melhores éclairs do Porto são os da Leitaria Quinta do Paço. Praça e Teatro Carlos Alberto, Praça dos Leões, Igreja do Carmo, Hospital de Santo António, Café Piolho, Jardim da Cordoaria, Instituto Português da Fotografia na antiga cadeia da Relação, Mosteiro de São Bento da Vitória, Igreja de Nossa Senhora da Vitória, Miradouro da Vitória, muralha Fernandina e ao longe a Sé e o Paço Episcopal. Avenida Marechal Gomes da Costa, Serralves, Praça do Império e Praça de Liége. Praia de Gondarém, Molhe e Homem do Leme onde se divide a Avenida em Brasil e Montevideu. Fomos da Foz, com passagem pela Docemar e os seus croissants, até à Ribeira. Massarelos, Miragaia, Alfândega, Praça da Ribeira com direito a esplanada, aquecedor e mantinha, Palácio da Bolsa, Mercado Ferreira Borges (Hard Club), Igreja de São Nicolau e Igreja de São Francisco, painel da Ribeira e todas as pontes que nos levam para o outro lado. A caminho do Jantar com a LP, Rua da Boavista, mostrei à pressa a Igreja Românica de Cedofeita, Praça da República e discutimos pela primeira vez por causa do Carlão. Cemitério de Agramonte, Bom Sucesso, Rotunda da Boavista ou Praça Mouzinho de Albuquerque, Casa da Música e Avenida da Boavista. Passeio nocturno à Rua Galerias de Paris, Rua Cândido dos Reis e Rua de Ceuta. Ainda faltou mostrar tanto no Porto e nas cidades vizinhas. Mas conseguimos dar um salto a Guimarães.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Também vou falar da sangria com pouco ou nenhum sumo


Já a conhecia pessoalmente. Conheci-a em Abril do ano passado durante um café combinado nos jardins da Gulbenkian. Mas este ano foi diferente, não tinha razões para cerimónias ou cuidados exagerados. Falamos quase todos os dias com alguns serões pelo chat. Se o blogue me trouxe oportunidades, esta foi uma delas: conhecer esta pessoa fantástica com tendência a rir das mesmas coisas parvas. Dito isto, o jantar com a mentora e a personagem Linda Porca só podia correr muito bem. Não vou falar sobre os temas abordados à refeição que nos fizeram chorar a rir. Ninguém bebeu de mais porque não é do nosso feitio. Não precisamos de ajuda extra para rir. No entanto, importa referir que nunca tinha bebido uma sangria com sabor a álcool. Sabem sempre a sumo. Vou indicar este local a amigos. Também se come bem. O chato é ter de pagar antes de comer. 

As pretas no Candelabro com o branco da
amiga 
algarvia que veio conhecer o Porto.

Saber que também fala com toda gente e que também gosta de cerveja preta bebida pela garrafa, fez-me largar uma lagriminha de emoção. A Linda Porca é uma lady com particularidades que, à primeira vista, não combinam. Tal como eu. Mas quem vê caras, não vê corações e aqui este dito é "em bom".

Da baixa com passagem pela Casa da Música até Serralves





Global Positioning System

O GPS dá-me segurança. Pode desorientar-se por momentos e "plissar", pode tardar na procura de sinal, mas não falha. Não desisto dele mesmo quando o "pendura" atinge o ponto máximo do "enervanço". Gosto do meu Carlão e sei que ele me levará a todo o lado... mais volta, menos volta.

Dei-lhe este nome porque, durante a actualização de software, surgiu a mensagem "a instalar Carla". E a voz não é de uma Carla.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Palavra do Ano: Corrupção

"Corrupção" supera "xurdir" e "selfie" como palavra do ano

- V., olha, uma dúvida… alguma vez, em 2014, usaste a palavra "xurdir" em qualquer contexto? É a primeira vez que a uso em qualquer contexto e já não estamos em 2014!
- Achas?! Eu nem sei o que quer dizer "xurdir", ia usar para quê? Adoro esta: "basqueiro"! Esta, uso muitas vezes e desde os meus 2/3 anos!
- "Basqueiro" também gosto! "Xurdir" foi a segunda palavra mais votada, acho que nunca ouvi ninguém dizê-la… estou indignada!
- Pois, é escolhida por votação e não pelo uso… também nunca ouvi e nunca usei tal palavra!
- Será que agora vamos passar a usá-la? "Xurdir" é fazer pela vida.
- Não vou usar.
- Não faz sentido.
- Cuspo-me toda se a tiver que dizer e não vai parecer natural…
- Pensámos as duas o mesmo: sai muito cuspe!

Translinear

Textos justificados sempre me fizeram confusão. Custa-me ver as palavras de uma ou duas sílabas todas esticadinhas para ocupar espaço e, desta forma, adquirirem um destaque sem sentido na mancha de texto. E as palavras com mais de três sílabas todas apertadinhas para caber sem translineação? Que aflição, pá! Ainda há quem saiba fazer a divisão silábica das palavras para translinear correctamente?

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Gato preto

É tudo muito bonito, mas alguém tem que aquecer o router!

Passei os últimos dias do ano a pintar tectos, pendurar quadros e candeeiros, colar letras na parede, deitar algumas coisas fora e a reciclar outras. Já começa a ser um hábito estas minhas empreitadas de pré-ano novo. O gato que não se atravessa no caminho, mas anda sempre atrás de mim, foi calcado e entalado algumas vezes durante a execução. Espero não ter comprometido a sorte para 2015.

I can see clearly

Às vezes deduzo coisas através da interpretação de acontecimentos aleatórios e imprevistos. Tento dar-lhes a razão de existência atribuindo-lhes a função de prenúncio ou anúncio. Teimo em acreditar num plano geral e superior. E a minha conduta pauta-se por isso. Não sou um "pastorinho de Fátima" - andei tantos anos na catequese e nunca ninguém me disse que António Botto foi o autor do "Avé Maria de Fátima" - para receber recados e também não gosto de me apelidar de supersticiosa. Prefiro uma definição rebuscada de semiótica aplicada à vida geral e futura.