quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

When they kick at your front door, How you gonna come?

Quando enfrento adversidades - caralho, eu sei que há situações piores. Mas deixem-me reagir como se fosse o fim do mundo! - há uma música que não me sai da cabeça.



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Tradição é Tradição

Nunca vi nenhum filme indiano. Mas por causa do tradição é tradição - eu sei, é uma família paquistanesa -, a cena em que os irmãos estão a limpar o terraço e desatam a cantar, às vezes também me sinto num filme indiano. Trago a música na cabeça, estou a cantarolar mentalmente e, sem dar conta, a voz sai-me pelos lábios. Normalmente, apercebo-me da situação quando vejo que está toda a gente a olhar para mim. Paciência. Não acontece muitas vezes e a altura pior é o Natal.
 

Costumo soltar um "the hills are alive with the sound of music" quando recebo boas notícias ou quando acontece alguma coisa boa. É quase como um "isso é música para os meus ouvidos!".

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Tentativa e erro

Assumo os meus erros. Errei várias vezes e há erros que cometi com atenuantes. Nunca dei os meus erros a ninguém. E não posso aceitar que despejem erros nas costas de outros.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Brutaliza-me

São os meus olhos ou a noite portuense está diferente? Um, espeta-me um dedo na orelha, pergunta-me se estou a sentir alguma coisa e diz que tenho ar de geek. Outro, tira-me os óculos, diz que sou bonita sem óculos, mas os óculos dão-me um ar de actriz porno. Resumindo, tenho que mudar de óculos, vou procurar uma armação mais objectiva e menos ambígua.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Foda-se

Falta-me falar para sentir melhor. Se o fizer, estrago tudo. É isso que eu sinto. É fodido guardar toda esta agressividade dentro de mim. O coração tem razões que a própria razão desconhece. Mas é à razão que eu vou dar ouvidos.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Lá terá de ser

A minha mega amiga H. foi mãe. E eu acho que a maternidade está a amolecê-la. Puxou-me as orelhas, diz que estou a foder o anonimato e que fui um bocadinho violenta. Vou ter que editar o texto porque não consigo desobedecer a uma mãe.

Também vos acontece? Por favor, digam-me a verdade!

No meu facebook pessoal há de tudo. E, o mais incrível, as pessoas mais estranhas são as que estudaram comigo. Já aqui falei da desesperada - continua desesperada, by the way -  que, em pleno bar da universidade, perguntou-me se tinha uma navalha. Eu sei, na altura, e continua a ser uma das minhas cores preferidas, usava muito preto. Mas há uma linha que separa o vestir de preto e o andar armada.

Esta pessoa, de quem hoje vos falo, tem tendência para comentar em exagero, não perceber as piadas falhadas e insistir nelas até à exaustão, enterrar-se e afundar-nos perante todos no enterranço dela. Não percebe as dicas para se calar e nomeia as pessoas nos comentários porque interpreta o silêncio como uma falta de atenção do visado e não como um "cala-te, caralho!". Esta pessoa tem tantas capacidades sociais como um caracol... paralítico, mudo e cego. Já não há pachorra para tanta insistência em socializar e criar laços. Estamos a falar de uma pessoa que lamenta o falecimento de alguém numa partilha de estado onde identifica os filhos do falecido! Eu nunca me considerei um animal social, mas parece-me que o título de inapta social já está ocupado.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Palavras, leva-as o vento

Até parece que foi ontem que saí da Covilhã, recordo como fiquei intrigada quando ouvi pela primeira vez o insulto "cona da mãe". Se calhar não devia ter perdido tanto tempo com isto, mas estas coisas do calão fazem-me sempre reflectir na génese e significado das expressões. Seria um insulto às mães? Uma forma diferente de chamar filha da puta? Seria uma verdade de La Palice: se existes, tens mãe e se tens mãe, esta tem cona? Perdi 10 minutos nisto e cheguei a uma conclusão: é melhor não falar à minha mãe sobre este assunto, quer-me parecer que ela não ia gostar.

Esta não foi a única expressão que me causou estranheza e me fez ver a diferença linguística entre a Covilhã e o Porto. Esta diferença vê-se nas palavras e também nos actos. Na Covilhã chamam broches às pessoas, aqui, no Porto, fazem-se. E o resultado - ou sentimento - final do dito e do feito é completamente diferente.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Ò tempo volta para trás

Há muitos anos atrás - estou a exagerar, ok? -, andava eu no 12º ano e comecei a trabalhar em part time num supermercado. Era um supermercado familiar, daqueles em  que há um patrão que é dono da loja, trabalha efectivamente na loja e os filhos também alombam a trabalhar. Não fosse este patrão adepto do piropo - tinha 17 anos, era o meu primeiro emprego, não percebia muito sobre essas coisas do assédio sexual e como ele não me agarrava nem me tocava, encarei-o como um velho ardido -, eu até diria que era bom homem. Era um português regressado do Brasil e, no meio de uma das conversas com a clientela, disse " á gentxi prá conhecê uma péssoua tem dxi comê um caminhão de sau e isso demóra muito tempo!". E não é que o velho ardido tinha razão.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Perguntas e respostas: como dar cabo de um engate

- Estás aqui só com amigas, não é?
- Sim.
- Deixa-me adivinhar a tua profissão... És professora ou contabilista!
- Nem uma nem outra.
- Tens um ar geek.
- São os óculos.
- Como te chamas?
- Que idade tens?