domingo, 1 de março de 2015

Impossível?


Aniversário social e coincidências da vida, encontra alguém que não vê há mais de vinte anos. Na altura, a menina, como ela lhe chamou, tinha dezasseis anos. Hoje tem trinta e nove e diz que está "numa idade tramada". Sente o prazo a acabar, "queria  ser mãe num contexto de um grande amor. Tu não sentes isso?" Disse-lhe que não, mas não sei se não sentirei o mesmo quando chegar à idade dela. A juntar à dificuldade de encaixar a parentalidade num grande amor e numa janela temporal, fala-me de um problema que tem no útero - não sei explicar, mas acontece-me muitas vezes. Não me conhecem de lado nenhum e ainda assim contam-me as suas vidas. Começo a acreditar no que já me disseram várias vezes: tu és a "girl next door", pá!" - , a O. dá-lhe esperança ao falar no problema idêntico que tem e como conseguiu engravidar naturalmente. E eu como não acredito em impossíveis, mas acredito em milagres, disse-lhe: vai acontecer. Acredita. Ainda vais andar à minha procura para me contar a novidade. 

2 comentários:

  1. A mim contam-me coisas escabrosas das suas vidas sexuais. Acho que tenho cara de padre :)

    Mas olha, uma vez disse a uma amiga, que queria muito ter o 3º filho: "Tu vais ter o 3º filho, vai ser uma rapariga e vai-se chamar Margarida".
    Assustadora, eu.
    A Margarida nasceu um ano depois :)
    (devia montar uma banquinha com uma bolinha de cristal. Alinhas, companheira?)

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    1. Tenho poucos relatos sobre cenas escabrosas das suas vidas sexuais :D Preferem contar-me desgraças, valha-me Deus!

      'bora lá abrir a banquinha, companheira!

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