Evito fazê-lo porque o que já foi, já foi. Mas às vezes volto atrás para reler o que escrevi. E não fico assim muito contente, não era bem aquilo que queria dizer, fui muito agressiva ou fui muito chóninhas. Mas a verdade é que não tenho que provar nada a ninguém. Nem a mim.
Interesso-me desde sempre pelo poder da linguagem, da comunicação. Como é possível através da palavra convencer e até matar alguém por dentro? Usar a palavra para o bem, é com isto que os “Davides” desta vida vencem os Golias, ou usá-la para o mal.
Curioso, agora que escrevo isto, fui ao Carlos Alberto ver o "O Bem, o Mal e o Assim-Assim", texto de Gonçalo M. Tavares, e a determinada altura, um dos atores diz que as ferramentas dos homens bons são as mesma dos homens maus. É isso mesmo, a linguagem é essa ou uma dessas ferramentas comuns.
E onde é que eu quero chegar com isto? A lado nenhum, acho piada aos livros que abordam a linguagem ou o processo de comunicar. O Milagrário Pessoal e o mistério à volta da Língua Portuguesa. Gostei, salvo seja, do conceito de novilíngua do 1984, desaparecendo o significante, deixa de existir o significado. A Louca da Casa e o processo de escrever. Aqui, neste último, fiquei com vontade de ler LTI: A linguagem do Terceiro Reich. Não o encontro em livraria nenhuma!
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