Os Desastres de Sofia da Condessa de Ségur foi, é, será provavelmente o livro que mais vezes li ou lerei em toda a minha vida.
Tinha mais livros, mas adorava a Sofia e os desastres. Não a achava de todo má ou incorrigível, até porque não havia nada para corrigir. As intenções não eram más, as coisas é que corriam sempre para o torto.
Perdi o livro, andei à procura da edição do Círculo de Leitores em alfarrabistas e OLX. Ora não tinham, ora estavam a exagerar no preço. Tive a sorte de me oferecerem o dito. Ainda não o reli todo, comecei o episódio da boneca de cera e chegaram a mim as memórias.
Sinceramente, o que seria de esperar de uma miúda completamente desacompanhada, com o pai no caralho mais velho, a mãe a aparecer só para dar piçada e as putas das primas bem comportadas e apontadas como exemplo? Uma miúda orientada não era de certeza. Valia-lhe a criada e o primo Paulo.
Apesar de saber como acabavam as coisas, repeti alguns comportamentos da Sofia. Ser a filha entre a irmã mais velha doente e o irmão mais novo rapaz, deixava-me pouco tempo para ser ouvida ou para me explicar. Ainda bem, aprendi a desenrascar-me, descobri que o que não tem remédio, remediado está e passei a utilizar a frase mais positiva que conheço: podia ter sido pior!
Se há expressão, precedida de estado de espírito, que vale ouro é "podia ser pior".
ResponderEliminarBom dia, V.
Amén.
EliminarBom dia :)