Acho um abuso usar citações de livros que nunca se leu e, posto isto, como dizia Sun Tzu, no seu "A Arte da Guerra", um General é como um pai: dá pão e educação.
Tenho dito. Fui.
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Manias
Nem sei porque leio horóscopos, vejo sempre a mesma coisa. Por exemplo, ontem, o da Elle americana, falava na possibilidade de surgir uma "Tiffany Box". O meu raciocínio foi este:
Caixa - gato - casa, ou seja, tenho que ir para casa e quero que todos se fodam! Arranjem-se. Fui!
Caixa - gato - casa, ou seja, tenho que ir para casa e quero que todos se fodam! Arranjem-se. Fui!
Nataleira assumida, mas tenho limites!
Vi na florista umas árvores de natal de vidro com luzinhas a piscar por dentro:
- Aww, que bonitas! Quanto custam?
- 19, 90 euros. Tenho umas mais pequenas, 15 euros, na outra loja.
- São tão bonitas... Mas não posso ter coisas bonitas. O meu gato dá cabo de tudo, manda tudo ao chão.
- Olhe, sabe como resolve isso? Fita-cola dupla!
- No gato?
- Aww, que bonitas! Quanto custam?
- 19, 90 euros. Tenho umas mais pequenas, 15 euros, na outra loja.
- São tão bonitas... Mas não posso ter coisas bonitas. O meu gato dá cabo de tudo, manda tudo ao chão.
- Olhe, sabe como resolve isso? Fita-cola dupla!
- No gato?
Agora já está. Vidas!
Declamaram o texto abaixo em voz alta: QUE VERGONHA!
Nunca mais escrevo. Estou a mentir. Escrevo, escrevo. Não quero saber!
Nunca mais escrevo. Estou a mentir. Escrevo, escrevo. Não quero saber!
terça-feira, 8 de novembro de 2016
Pronto, é só isto
Evito fazê-lo porque o que já foi, já foi. Mas às vezes volto atrás para reler o que escrevi. E não fico assim muito contente, não era bem aquilo que queria dizer, fui muito agressiva ou fui muito chóninhas. Mas a verdade é que não tenho que provar nada a ninguém. Nem a mim.
Interesso-me desde sempre pelo poder da linguagem, da comunicação. Como é possível através da palavra convencer e até matar alguém por dentro? Usar a palavra para o bem, é com isto que os “Davides” desta vida vencem os Golias, ou usá-la para o mal.
Curioso, agora que escrevo isto, fui ao Carlos Alberto ver o "O Bem, o Mal e o Assim-Assim", texto de Gonçalo M. Tavares, e a determinada altura, um dos atores diz que as ferramentas dos homens bons são as mesma dos homens maus. É isso mesmo, a linguagem é essa ou uma dessas ferramentas comuns.
E onde é que eu quero chegar com isto? A lado nenhum, acho piada aos livros que abordam a linguagem ou o processo de comunicar. O Milagrário Pessoal e o mistério à volta da Língua Portuguesa. Gostei, salvo seja, do conceito de novilíngua do 1984, desaparecendo o significante, deixa de existir o significado. A Louca da Casa e o processo de escrever. Aqui, neste último, fiquei com vontade de ler LTI: A linguagem do Terceiro Reich. Não o encontro em livraria nenhuma!
Interesso-me desde sempre pelo poder da linguagem, da comunicação. Como é possível através da palavra convencer e até matar alguém por dentro? Usar a palavra para o bem, é com isto que os “Davides” desta vida vencem os Golias, ou usá-la para o mal.
Curioso, agora que escrevo isto, fui ao Carlos Alberto ver o "O Bem, o Mal e o Assim-Assim", texto de Gonçalo M. Tavares, e a determinada altura, um dos atores diz que as ferramentas dos homens bons são as mesma dos homens maus. É isso mesmo, a linguagem é essa ou uma dessas ferramentas comuns.
E onde é que eu quero chegar com isto? A lado nenhum, acho piada aos livros que abordam a linguagem ou o processo de comunicar. O Milagrário Pessoal e o mistério à volta da Língua Portuguesa. Gostei, salvo seja, do conceito de novilíngua do 1984, desaparecendo o significante, deixa de existir o significado. A Louca da Casa e o processo de escrever. Aqui, neste último, fiquei com vontade de ler LTI: A linguagem do Terceiro Reich. Não o encontro em livraria nenhuma!
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
A minha cadela tem medo de trovoada
A cadela teme a trovoada e para fugir, atira-se aos vasos na tentativa de escavar um túnel. Fica tudo cheio de terra: chão, paredes e cadela.
A minha vizinha de cima tenta acalmá-la, gritando do cimo da sua varanda:
- Anita, não faças isso! Olha que a tua dona vai ficar chateada!!!
- Anita, pára! Olha que a tua dona vai dar-te uma coça!!!
Escusado será dizer que o resultado é zero. Quando a vizinha me conta à posteriori estas intervenções com a Anita, faço um ar resignado enquanto limpo o "terrário". Mas por dentro estou a ferver e só penso: caralho, porque raios tenta chegar à fala com a cadela? Mais valia atirar-lhe alguma coisa à cabeça para a tentar parar!
A minha vizinha de cima tenta acalmá-la, gritando do cimo da sua varanda:
- Anita, não faças isso! Olha que a tua dona vai ficar chateada!!!
- Anita, pára! Olha que a tua dona vai dar-te uma coça!!!
Escusado será dizer que o resultado é zero. Quando a vizinha me conta à posteriori estas intervenções com a Anita, faço um ar resignado enquanto limpo o "terrário". Mas por dentro estou a ferver e só penso: caralho, porque raios tenta chegar à fala com a cadela? Mais valia atirar-lhe alguma coisa à cabeça para a tentar parar!
O Livro que li mais vezes em toda a minha vida
Os Desastres de Sofia da Condessa de Ségur foi, é, será provavelmente o livro que mais vezes li ou lerei em toda a minha vida.
Tinha mais livros, mas adorava a Sofia e os desastres. Não a achava de todo má ou incorrigível, até porque não havia nada para corrigir. As intenções não eram más, as coisas é que corriam sempre para o torto.
Perdi o livro, andei à procura da edição do Círculo de Leitores em alfarrabistas e OLX. Ora não tinham, ora estavam a exagerar no preço. Tive a sorte de me oferecerem o dito. Ainda não o reli todo, comecei o episódio da boneca de cera e chegaram a mim as memórias.
Sinceramente, o que seria de esperar de uma miúda completamente desacompanhada, com o pai no caralho mais velho, a mãe a aparecer só para dar piçada e as putas das primas bem comportadas e apontadas como exemplo? Uma miúda orientada não era de certeza. Valia-lhe a criada e o primo Paulo.
Apesar de saber como acabavam as coisas, repeti alguns comportamentos da Sofia. Ser a filha entre a irmã mais velha doente e o irmão mais novo rapaz, deixava-me pouco tempo para ser ouvida ou para me explicar. Ainda bem, aprendi a desenrascar-me, descobri que o que não tem remédio, remediado está e passei a utilizar a frase mais positiva que conheço: podia ter sido pior!
Tinha mais livros, mas adorava a Sofia e os desastres. Não a achava de todo má ou incorrigível, até porque não havia nada para corrigir. As intenções não eram más, as coisas é que corriam sempre para o torto.
Perdi o livro, andei à procura da edição do Círculo de Leitores em alfarrabistas e OLX. Ora não tinham, ora estavam a exagerar no preço. Tive a sorte de me oferecerem o dito. Ainda não o reli todo, comecei o episódio da boneca de cera e chegaram a mim as memórias.
Sinceramente, o que seria de esperar de uma miúda completamente desacompanhada, com o pai no caralho mais velho, a mãe a aparecer só para dar piçada e as putas das primas bem comportadas e apontadas como exemplo? Uma miúda orientada não era de certeza. Valia-lhe a criada e o primo Paulo.
Apesar de saber como acabavam as coisas, repeti alguns comportamentos da Sofia. Ser a filha entre a irmã mais velha doente e o irmão mais novo rapaz, deixava-me pouco tempo para ser ouvida ou para me explicar. Ainda bem, aprendi a desenrascar-me, descobri que o que não tem remédio, remediado está e passei a utilizar a frase mais positiva que conheço: podia ter sido pior!
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