sexta-feira, 24 de abril de 2015
Vou quebrar a promessa
Prometi que iria evitar assuntos demasiado pessoais. Assuntos pessoais envolvem emoções e as emoções fragilizam-nos. Chorar significa para mim, ex Maria-Rapaz, sinal de fraqueza ou desgraça. Já estou a trabalhar nisso e conto ver (sentir) alterações até ao final do ano. Mas, adiante, vamos à razão da quebra da minha promessa. Hoje, o meu irmão, se fosse vivo, completaria 33 anos. Tenho a necessidade de manter viva a memória dele. A verdade é que começo a focar-me cada vez mais nas recordações boas do que no sentido da “minha” perda. Ao falar sobre isso com a H., chegamos à conclusão que “a perda é inevitável”, devemos libertar-nos do peso da morte e celebrar a memória da vida.
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Estou?
A minha cabeça não é só para os caracóis, também a uso para os reflexos acobreados. E nada melhor que um sábado chuvoso para reforçar os reflexos. Tal como deduzi, o salão estava vazio. Mas falhou um pormenor no meu genial plano: se o salão estaria vazio por causa da chuva, a senhora também estaria sozinha. Resumindo, já sei que é viúva, tem tiróide - e não temos todos? Temos, mas não lhe disse - tem dois filhos, sei as características dos filhos e de todos os familiares até à quinta geração.
Falaram-me de uma aplicação que simula incoming phone calls. Vou instalar.
Falaram-me de uma aplicação que simula incoming phone calls. Vou instalar.
quinta-feira, 16 de abril de 2015
Agora nem tuge, nem muge
Longe vai o tempo em que me convenceram a adquirir o pacote internet, televisão e telefone fixo. Lembro-me de equacionar todas as chamadas e recados importantes em potência. Ontem, por motivo de força maior e completamente desavisada, fiquei em casa. E o bicho, que costuma estar calado, não parou de tocar com o anúncio da boa nova sobre "a chegada da fibra de última geração à zona", rastreios gratuitos e estudos de mercado. Cinco telefonemas seguidos e dou comigo a pedir a Deus que me leve e me poupe a este sofrimento. Não consigo deixar de atender e não consigo desligar o telefone na cara de ninguém, mas este telefone, ao contrário dos seus antepassados, não tem descanso e não me dá descanso. Tirei-lhe o som.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Bati no fundo
Pelos amigos faço tudo, até juntar-me a um Clube de Leitura. O ponto de encontro é num bar. Menos mal. Pintar as unhas e cerveja preta são duas das várias coisas que gosto.
Sem tempo para respirar, com isto do Clube, saltei d' "O amante" de Marguerite Duras - muito bom! Como é possível não o ter lido antes? - para "As aventuras do João Sem Medo" - gostei bastante, mas espero não ficar com mazelas desta passagem tão abrupta - de José Gomes Ferreira. Neste cenário fantasioso e surrealista, tendo em conta a época em que foi escrito, para além das interpretações óbvias e que não existe coragem sem existir medo, confesso que a minha atenção ficou presa à ‘re-fabulação‘ da Rã e do Boi - as fábulas deixam-me em êxtase, que posso eu fazer? Nada. - e o seu esforço conjunto para atingirem a igualdade. E surge a referência à individualidade e ao direito e dever de a respeitar. Não gosto de pensar no todo como "massa acéfala". Não somos, enquanto indivíduos, completamente estanques. Mas gosto de pensar no todo como um somatório de indivíduos com princípios e ideias em comum. Duas cabeças pensam melhor que uma, certo?
O livro do mês já está escolhido, "Milagrário Pessoal" de José Eduardo Agualusa. Mas antes de pegar nele, vou acabar "O eleito" de Thomas Mann. A modos que é isto, não podendo eu ser uma pessoa brilhante, gosto de cultivar a rebeldia.
Sem tempo para respirar, com isto do Clube, saltei d' "O amante" de Marguerite Duras - muito bom! Como é possível não o ter lido antes? - para "As aventuras do João Sem Medo" - gostei bastante, mas espero não ficar com mazelas desta passagem tão abrupta - de José Gomes Ferreira. Neste cenário fantasioso e surrealista, tendo em conta a época em que foi escrito, para além das interpretações óbvias e que não existe coragem sem existir medo, confesso que a minha atenção ficou presa à ‘re-fabulação‘ da Rã e do Boi - as fábulas deixam-me em êxtase, que posso eu fazer? Nada. - e o seu esforço conjunto para atingirem a igualdade. E surge a referência à individualidade e ao direito e dever de a respeitar. Não gosto de pensar no todo como "massa acéfala". Não somos, enquanto indivíduos, completamente estanques. Mas gosto de pensar no todo como um somatório de indivíduos com princípios e ideias em comum. Duas cabeças pensam melhor que uma, certo?
O livro do mês já está escolhido, "Milagrário Pessoal" de José Eduardo Agualusa. Mas antes de pegar nele, vou acabar "O eleito" de Thomas Mann. A modos que é isto, não podendo eu ser uma pessoa brilhante, gosto de cultivar a rebeldia.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Não será uma visão do inferno, mas andou lá perto
Não tenho nada de interessante para contar. Quer dizer, uma senhora que frequenta o meu ginásio usa cuecas de algodão azul-cueca com a seguinte inscrição no traseiro: Love me tender. Pronto. Não ando a olhar para os rabos das outras. O rabo da senhora não me dava espaço de manobra para olhar para outros lados. Isso ou a minha visão periférica já viu melhores dias.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Sujeito-me ao desafio da Linda Porca...
... e seja o que Zeus quiser!
1. Escrever 11 factos sobre nós próprios.
2. Responder às perguntas que nos colocaram.
3. Nomear 11 blogs com menos de 200 seguidores.
4. Fazer 11 perguntas a esses blogs nomeados.
5. Colocar a foto do Liebster Award no post e respectiva tag.
6. Enviar o link do post a quem te nomeou.
1. Escrever 11 factos sobre nós próprios:
1. Como é que vieste aqui parar?
Não sei bem, mas penso que foi através de um comentário. E o que interessa é ter cá chegado.
2. Onde é que achas que isto vai dar?
Vai dar ao fim do mundo, tenho a certeza.
3. Diz-me como te relacionas com a bicharada.
Adoro bichos.
4. Diz-me o que é que tens à cabeceira.
Livros pela ordem que pretendo ler, um candeeiro, uma moldura sem fotografia porque gosto do objecto e uma mini Nossa Senhora de Fátima, estrategicamente escondida atrás do candeeiro, que “herdei” e não tenho coragem de deitar fora.
5. Qual foi o momento mais idiota da tua vida?
Não assumir a realidade das coisas.
6. Qual a tua técnica preferida para sair de cena?
Depende da cena da qual preciso de sair.
7. Quando precisas mesmo de ter tomates para enfrentar uma sit, o que é que fazes?
Enfrento, caralho!
8. Tens mesmo que desligar uma chamada de telemóvel, mas a outra pessoa, com quem não tens intimidade nenhuma, não se cala. Agora conta lá.
Isso é genial, mas agora não tenho tempo. Ligo mais tarde, ok?
9. Estás aflitinho/a para cagar em plena primeira vez com alguém. Agora desemerda-te.
Despacho a coisa. É a resposta certa?
10. Vai um touro a correr atrás de ti escadas acima. O que é que fazes?
Não me parece que o touro consiga correr pelas escadas acima.
11. Conta-nos tudo, não nos escondas nada. A mim dá-me miminhos, mas graxa não, a menos que seja azul.
Nunca conto tudo. Toma lá o miminho: festas boas ;)
3. Nomear 11 blogs com menos de 200 seguidores.
Não vou nomear ninguém, as correntes quebram sempre em mim, não valho nenhum.
4. Fazer 11 perguntas a esses blogs nomeados.
Não nomeio, mas pergunto:
1. Escrever 11 factos sobre nós próprios.
2. Responder às perguntas que nos colocaram.
3. Nomear 11 blogs com menos de 200 seguidores.
4. Fazer 11 perguntas a esses blogs nomeados.
5. Colocar a foto do Liebster Award no post e respectiva tag.
6. Enviar o link do post a quem te nomeou.
1. Escrever 11 factos sobre nós próprios:
- Tenho boa pontaria.
- Nunca parti um osso, nunca fui operada, nunca fiquei internada. Fui cliente de “trauma” várias vezes em serviços de urgência. Tendo a minha mãe, com as suas próprias mãos, procedido ao meu baptismo por precaução. Não sei como não morri antes de chegar à idade adulta. Levei muitos pontos, tantos pontos quantos os necessários para adquirir hoje um smartphone sem pagar nada.
- Fui baptizada aos seis anos para, de acordo com a minha mãe, ter consciência do que estava a fazer. Não adiantou de nada. Continuo inconsciente.
- Gosto de observar e escutar as conversas dos outros.
- Tenho vertigens.
- “Os desastres de Sofia” da Condessa de Ségur foi a minha bíblia de infância. Aprendi e coloquei em prática muitos “ensinamentos” da Sofia, incluindo depilar as sobrancelhas.
- Tive os meus 15 minutos de fama aos cinco anos quando, na escola primária, soube responder à pergunta “quem é que inventou a imprensa?”
- Adoro arroz de cabidela.
- Sou a primeira a rir das minhas desgraças e faço piadas sobre isso até lhes diminuir a importância.
- Só discuto com pessoas que considero importantes para mim. Não perco tempo com quem não me diz nada.
- Analiso todos os ângulos e possíveis cenários antes de tomar uma decisão.
1. Como é que vieste aqui parar?
Não sei bem, mas penso que foi através de um comentário. E o que interessa é ter cá chegado.
2. Onde é que achas que isto vai dar?
Vai dar ao fim do mundo, tenho a certeza.
3. Diz-me como te relacionas com a bicharada.
Adoro bichos.
4. Diz-me o que é que tens à cabeceira.
Livros pela ordem que pretendo ler, um candeeiro, uma moldura sem fotografia porque gosto do objecto e uma mini Nossa Senhora de Fátima, estrategicamente escondida atrás do candeeiro, que “herdei” e não tenho coragem de deitar fora.
5. Qual foi o momento mais idiota da tua vida?
Não assumir a realidade das coisas.
6. Qual a tua técnica preferida para sair de cena?
Depende da cena da qual preciso de sair.
7. Quando precisas mesmo de ter tomates para enfrentar uma sit, o que é que fazes?
Enfrento, caralho!
8. Tens mesmo que desligar uma chamada de telemóvel, mas a outra pessoa, com quem não tens intimidade nenhuma, não se cala. Agora conta lá.
Isso é genial, mas agora não tenho tempo. Ligo mais tarde, ok?
9. Estás aflitinho/a para cagar em plena primeira vez com alguém. Agora desemerda-te.
Despacho a coisa. É a resposta certa?
10. Vai um touro a correr atrás de ti escadas acima. O que é que fazes?
Não me parece que o touro consiga correr pelas escadas acima.
11. Conta-nos tudo, não nos escondas nada. A mim dá-me miminhos, mas graxa não, a menos que seja azul.
Nunca conto tudo. Toma lá o miminho: festas boas ;)
3. Nomear 11 blogs com menos de 200 seguidores.
Não vou nomear ninguém, as correntes quebram sempre em mim, não valho nenhum.
4. Fazer 11 perguntas a esses blogs nomeados.
Não nomeio, mas pergunto:
- De que cor era o cavalo branco de Napoleão?
- Quem de vinte cinco tira, quantos ficam?
- Branco é, galinha o põe?
- Qual é a coisa, qual é ela, que mal entra em casa se põe logo à janela?
- Que é que antes de o ser já o era?
- Uma meia meia feita, outra meia por fazer, diga-me lá minha menina, quantas meias vêm a ser?
- Dez meias pretas e dez meias brancas dentro da gaveta. Sem olhar, quantas meias são precisas tirar para fazer um par?
- Qual é a coisa, qual é ela, que entra pela porta e sai pela janela?
- Que é que é que quanto maior é menos se vê?
- Um tijolo pesa um quilo mais meio tijolo. Quanto pesa o tijolo?
- Cinco patos e cinco patas, quantas patas são?
terça-feira, 7 de abril de 2015
A legenda da imagem: Tarde Bollycao® no Escritório
A H. enviou-me a imagem. E qual é o pensamento que me vem à cabeça? Tarde bacanal no escritório: os colegas são tão bons colegas que as colegas preferem entreter-se entre elas. Vidas.
Não, obrigada
É notícia velha, mas apetece-me escrever sobre ela. Aborrece-me esta coisa da igualdade em coisas parvas. E esta é uma delas. Perdoem-me as "modernaças", eu não quero libertar os meus mamilos da carga erótica. Eu quero-os sexualizados. Eu não quero andar em tronco nu. Aliás, à luz da semiótica popular, tenho bons motivos para não o fazer. Na primeira e única vez que fiz topless, apanhei um escaldão que nem é bom lembrar. Jurei que nunca mais. Se nesse dia calhasse ter um acidente, não precisaria de usar colete. Bastava despir a camisola. E isto só pode ser um sinal para manter as miúdas tapadinhas.
segunda-feira, 6 de abril de 2015
O poder da palavra - 2
- Tens uma linguagem demasiado erudita!
- Eu sei. Não consigo evitar. Por isso digo palavrões, é para atenuar.
- Eu sei. Não consigo evitar. Por isso digo palavrões, é para atenuar.
O poder da palavra - 1
O meu pai fez parte de uma confraria religiosa que, para além de outras coisa, visitava estabelecimentos prisionais. Um dia, o meu pai, pediu-me que o desenrascasse. Tinha que escrever um texto sobre o que significava para ele a visita aos presos. Escrevi, pai é pai e o homem não tem jeito. Estas coisas iriam ser lidas num retiro - a minha família não é normal - e quando regressou, disse: ò rapariga, que foste tu escrever! Ficou tudo com a lágrima no olho.
E o que é que eu aprendi com este episódio? Que há qualidades que os filhos vão buscar às mães. Ao meu pai fui buscar o amor pelos animais. Partilhamos esta ligação especial que, às vezes, nos faz preferir a bicheza às pessoas.
E o que é que eu aprendi com este episódio? Que há qualidades que os filhos vão buscar às mães. Ao meu pai fui buscar o amor pelos animais. Partilhamos esta ligação especial que, às vezes, nos faz preferir a bicheza às pessoas.
quinta-feira, 2 de abril de 2015
Capítulo XI - A chave
Trailer - Palmier Encoberto
Prólogo - Xilre
Capítulo I - Calma com o andor
Capítulo II - Dúvidas Cor de Rosa
Capítulo III - A Mais Picante
Capítulo IV - Mirone
Capítulo V - Pasme-se quem puder
Capítulo VI - A Uva Passa
Capítulo VII - Kiss and Make Up
Capítulo VIII - Amor Autista
Capítulo IX - Talqualmenteoutro
Capítulo X - Linda Porca
C H A V E - curioso, sempre pensou que fosse com X como o “axo” das mensagens que troca com Carlos. Deteve-se pouco com este pensamento, o ecrã pedia-lhe uma fotografia de perfil. Olhou em volta. Procurou ideias nos borrões de Rorschach das paredes carunchosas. Paredes tão carunchosas como a velha que lhes ofertara a cama. A cama que agora era a ilha dos amores. É isso! - pensou, inseriu as palavras “mulher” e “Camões” no campo de pesquisa. Escolheu a mais loira e a mais jovem imagem que lhe apareceu.
Filhos. Amor. Carlos. Era sobre isso que ia escrever, estava pronta. Começou a juntar as letras, mas, delete-delete-delete, não lhe saía nada de jeito. Só conhecia os filhos dos outros que poderia dizer sobre a parentalidade? Nada. “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Decidiu avançar para o amor e seleccionou o tema no Citador. Começou pelas frases mais pequenas - “Ama-se quem se ama e não quem se quer amar”, “O único antídoto contra a morte, a idade, a vida vulgar, é o amor”, etc. -, apontou-lhes o autor, ajeitou as imagens em cor-de-rosa e clicou compulsivamente no publicar. Feito. Agora, agora era a vez de Carlos:
Carlos e eu, Eduarda, nascidos e criados na Maia. Tantas vezes despejados e tantas outras regressados, regressados como filhos pródigos. Não fossem os entraves do pai dele e da minha mãe e o amor teria mais anos, menos interrupções. Almas gémeas, é isso que somos, metades de um todo. Tão parecidos como a farinha do mesmo saco ou produtos do mesmo molde. E não é comum duas pessoas darem-se tão bem. Há irmãos que não se dão tão bem, são como Caim e Abel...
Parou de escrever. Incomodou-se com as linhas demasiado fraternas. Recuou alguns anos. Precisava de ter a certeza. Sentiu que para avançar, teria de matar ou morrer. Será esta a chave?
Prólogo - Xilre
Capítulo I - Calma com o andor
Capítulo II - Dúvidas Cor de Rosa
Capítulo III - A Mais Picante
Capítulo IV - Mirone
Capítulo V - Pasme-se quem puder
Capítulo VI - A Uva Passa
Capítulo VII - Kiss and Make Up
Capítulo VIII - Amor Autista
Capítulo IX - Talqualmenteoutro
Capítulo X - Linda Porca
C H A V E - curioso, sempre pensou que fosse com X como o “axo” das mensagens que troca com Carlos. Deteve-se pouco com este pensamento, o ecrã pedia-lhe uma fotografia de perfil. Olhou em volta. Procurou ideias nos borrões de Rorschach das paredes carunchosas. Paredes tão carunchosas como a velha que lhes ofertara a cama. A cama que agora era a ilha dos amores. É isso! - pensou, inseriu as palavras “mulher” e “Camões” no campo de pesquisa. Escolheu a mais loira e a mais jovem imagem que lhe apareceu.
Filhos. Amor. Carlos. Era sobre isso que ia escrever, estava pronta. Começou a juntar as letras, mas, delete-delete-delete, não lhe saía nada de jeito. Só conhecia os filhos dos outros que poderia dizer sobre a parentalidade? Nada. “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Decidiu avançar para o amor e seleccionou o tema no Citador. Começou pelas frases mais pequenas - “Ama-se quem se ama e não quem se quer amar”, “O único antídoto contra a morte, a idade, a vida vulgar, é o amor”, etc. -, apontou-lhes o autor, ajeitou as imagens em cor-de-rosa e clicou compulsivamente no publicar. Feito. Agora, agora era a vez de Carlos:
Carlos e eu, Eduarda, nascidos e criados na Maia. Tantas vezes despejados e tantas outras regressados, regressados como filhos pródigos. Não fossem os entraves do pai dele e da minha mãe e o amor teria mais anos, menos interrupções. Almas gémeas, é isso que somos, metades de um todo. Tão parecidos como a farinha do mesmo saco ou produtos do mesmo molde. E não é comum duas pessoas darem-se tão bem. Há irmãos que não se dão tão bem, são como Caim e Abel...
Parou de escrever. Incomodou-se com as linhas demasiado fraternas. Recuou alguns anos. Precisava de ter a certeza. Sentiu que para avançar, teria de matar ou morrer. Será esta a chave?
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