segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Vão rolar cabeças

Tinha decidido que no Sábado iria proceder à missão forno. Já tinha comprado na semana anterior o super detergente e as luvas de borracha. Mas as minhas brancas precoces teimaram em aparecer e não consegui ficar indiferente. No entanto, não assumi logo o abandono da missão. Há vários cabeleireiros junto da minha casa e já experimentei três que, por uma razão ou por outra, não voltei a entrar lá. Resolvi experimentar o que tem escrito na montra em letras garrafais: CABELEIREIRO LOW COST. Pensei que ia ser rápido, mas não foi.

Abri a porta do estabelecimento lentamente, duas clientes com tinta na cabeça e uma senhora de luvas de borracha com ar de massagista da URSS. Senti medo, muito medo. Mas tive vergonha de sair. A senhora das luvas de borracha não disse nada, olhou apenas para mim inquisitoriamente. Balbuciei: era para pintar... E recebi a ordem de sentar.

Esperei 30 minutos e depois levei com a mistura do castanho chocolate mais não sei o quê durante uma hora na cabeça. Fiquei apreensiva com o resultado final. Ordenou que me sentasse na zona para lavagens de cabeça. Fui sozinha rapidamente porque tive medo que me empurrasse. A lavagem da cabeça foi tão meiga como dois ursos a andar à batatada. Perguntou-me como queria secar, não tive coragem para me ir embora com o cabelo a pingar. Pedi delicadamente que esticasse o cabelo referindo que se achasse que ia dar muito trabalho domar-me os caracóis, não havia problema nenhum em dar-me apenas uma secadela à juba. Temi pela brutalidade da escova aplicada à cabeleira, mas nem correu mal. Até usou o  "por favor" quando me pediu para segurar no secador. 

Conclusão, sobrevivi, paguei 20 euros e tenho o cabelo numa cor uniforme. Não foi mau. Talvez repita a experiência. 

2 comentários:

  1. Era a falta do S - Cabeleireiro slow cost.

    Pinta em casa, é facílimo e são 10 euros. Meia hora!

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