quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Episódios de Campanha


O carro dele anda a gás, mas precisa de gasolina para arrancar. A modos que, de vez em quando, é preciso ir à bomba. Mitra como é, a solução é ir à bomba do Jumbo que fica na fronteira Porto/Gondomar. Enquanto a viatura abastecia, fomos atordoados pela música própria de um ginásio. Avistamos o autocarro de dois andares descapotável com meia dúzia de pessoas a acenar desenfreadamente as bandeiras do candidato portuense e um motorista com ar de “o-que-uma-pessoa-tem-de-fazer-para-ganhar-algum”. O miúdo olha e diz que o autocarro já tinha passado por ele e pelos amigos no sábado e que tinham sido convidados a subir. Ui, não subo! Ainda me violam lá em cima… - foi a resposta do rapaz. Ri-me da resposta e fiquei a pensar, não numa violação propriamente dita, mas, que raios, porque carga de água andam a abordar menores que nem sequer votam ainda?

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A união faz a força




A união de facto é de facto mais prática e mais barata que um casamento. Basta unir e não é preciso reunir nem convidar ninguém até à 5ª geração. A única coisa chata é quando há referência, normalmente de terceiros e não dos próprios, a uma das partes da união. Eu sei que chamar namorado pode parecer fugaz e, com o avançar da idade, falar em namorado pode trazer o rótulo de velha maluca ou ardida. Mas chamar companheiro não me parece bem. “Companheiros de vida” soa a testemunho de desgraças partilhadas. Não somos irmãos e muito menos irmãos de armas. Não somos companheiros de luta, não combatemos na mesma trincheira. Não fazemos a guerra, fazemos o amor!

Carregaaaaaaaaaaaaa educação!


Este ano, sou pela primeira encarregada de educação de um miúdo de 14 anos que é meu sobrinho. A directora de turma convocou uma reunião com todos os encarregados de educação. Pelos vistos é costume fazer-se no início do ano escolar uma reunião e o objectivo é apresentar-se, eleger um representante dos encarregados de educação e informar sobre o horário de atendimento e outras coisas práticas da escola.

Ao entrar na sala, fiquei aliviada, os pais pareceram-me pessoas normais. Uns com melhor e outros com pior ar, mas, felizmente, todos tinham dentes e isso é um bom prognóstico. A directora de turma lá começou a distribuir papéis para preencher e foi dizendo: vocês já ouvem esta conversa desde a primária, no entanto blá-blá-blá caderneta do aluno blá-blá-blá actividades blá-blá-blá permanecer na escola blá-blá-blá sanções blá-blá-blá. Completamente a leste, fui fazendo cara de quem compreendia e concordava com o que ela estava a dizer. Não podia dar parte fraca, estava rodeada por encarregados de educação de longo curso. E eles não podem descobrir que avancei desde a primária e aterrei directamente no 3º ciclo. Tenho medo!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Escrita inteligente e correcção automática: dois exemplos

*Queres um gajo giro?

**Sabes quando é que a Mila quando faz amor?

A primeira pergunta foi respondida com um efusivo sim e a segunda pergunta não obteve resposta.

*Queres um gato giro?
** *Sabes quando é que a Mila quando faz anos?

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Tónico? Só se for no acento!

Lembro-me como se fosse hoje a primeira vez que experimentei água tónica: credo, sabe a limões podres! Nunca mais toquei na desgraçada e só equacionarei voltar a beber água tónica se algum dia contrair malária. E se não bebo água tónica, logo não bebo bebidas com água tónica adicionada. Ou seja, ouvir que o Gin está na moda parece-me desajustado. Mas, pensando bem, sou a praticamente a única do FB Talks a dar na stout.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Gente fina é outra coisa

Puta que pariu que o caralho do filha da puta do dia nunca mais acaba e foda-se que já só penso em arranjar as unhas e cortar o cabelo amanhã.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A cozinha e o autor

Na televisão não faltam programas sobre eles. Já ninguém é simplesmente cozinheiro, agora é-se Chef e alguns de farda preta porque a branca já era. Parecem ninjas à volta dos tachos, mas é bonito de se ver tanto glamour.

Se há alguns anos atrás, ir para cozinheiro, era uma saída profissional para quem não rendia na escola. Actualmente, foi feita justiça. Ser cozinheiro já não é sinónimo de gordurento e também já não é a última opção, é a primeira. Um Chef é alguém com status social elevado, é alguém valorizado pela ciência aplicada na elaboração dos pratos. Ser Chef é ser in, é ser gourmet, é ser reconhecido na rua, é ter bom aspecto, é ter uma cara-metade com bom aspecto e é receber prémios pela sua cozinha de autor. É-se Chef por todas estas razões, mas, sobretudo, é-se porque é o que se quer ser.

O Chef ascendeu à categoria de rock star e, verdade seja dita, com todo o mérito, não é qualquer um que com meio espargo, um tomate cherry, uma folha de alface, um rolinho de fiambre e duas azeitonas consegue confeccionar um prato, confitado em cama de cebola e regado com vinagre balsâmico, tão bonito e, presumo, saboroso.

Viva o Chef e viva a cozinha de autor!

É do outro blogue, mas, como ando a ver o Masterchef Austrália, decidi resgatá-lo.

Eu tenho uma melhor amiga que me envia tesourinhos

As eleições Autárquicas de 2013 estão ao rubro e, em grande parte, a culpa é da página do Facebook "Tesourinhos das Autárquicas" que nos fez abrir a pestana para o que aí anda pendurado. E a minha amiga que anda pelas estradas nacionais, enviou-me esta imagem. Atentem na prova de que a actividade termal nos faz levitar ao ponto de, em alguns dos casos, ficarmos sem pés.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Crónicas do ginásio

Este episódio já aconteceu há algumas semanas atrás. Mas como não o consigo esquecer, vou exorcizá-lo aqui.

Estava eu deitada no tapete para mais uma sessão de maus-tratos aos abdominais e, à minha frente, um grupo de três "armários" falava sobre o excesso de peso, como o tinham conseguido combater e aperfeiçoar as formas dos seus enormes corpos. Até que um deles fala de um problema que só poderá ser resolvido "indo à faca". O problema era a ginecomastia. Para provar a existência desse problema, sem constrangimentos, não só agarrou nos seus seios como ainda agarrou os do outro e disse: "Tu também tens."  

Ora bem, ao ouvir isto, esqueci o sofrimento abdominal auto-infligido e surgiram-me duas questões:

1ª Olha que bonito, a falarem assim, tão abertamente e sem vergonha de o problema que os afecta. Estarão os machos menos preocupados com a sua masculinidade pública?

2ª Foda-se, como é que ele consegui dizer ginecomastia sem se engasgar?

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Onde está o erro?

Desabafava com os da frente que há muito que não conseguia manter uma relação, aliás, nunca tinha conseguido manter uma relação. Depois, virou-se para o lado e perguntou-me se eu a conhecia. Disse-lhe que sim e ele retorquiu: dava-lhe uma ou duas trincas. Ao ouvir isto, calei-me. Não lhe disse que a pessoa em questão não era de trincas e, se o fosse, não faltava quem a trincasse. Não precisava dele. E que se a ideia dele é conhecer alguém para manter uma relação, a postura de mordedor não é a melhor. Penso que até poderá ser assustador. Quando penso em trincas, penso em encontros ocasionais e, por mútuo acordo, pouco duráveis. É "como tudo o que é coisa que promete, a gente vê como uma chiclete, que se prova, mastiga e deita fora, sem demora". Também lhe podia ter contado a conversa que tive em tempos com uma amiga sobre uma situação idêntica. Não se pode confundir afectividade com sexualidade. Há diferenças entre elas e podem viver uma sem a outra. Mas é quando estas duas se juntam que a magia acontece.

domingo, 15 de setembro de 2013

Nada é impossível

Quando duvido da minha capacidade para encher chouriços, relembro o dia em que escrevi o texto sobre implantes penianos compostos por uma bomba e dois cilindros.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Enfim

Gostava de ter uma máquina embutida no cérebro. Hoje vou andar no meio do povo e de certeza que vou passar por situações dignas de registo. Se assim fosse, mais logo, só iria precisar de USB ou firewire.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Ainda é Verão

Gostava de morar no Verão. Gostava. E, apesar de conhecer muitos adeptos do Outono, vou amar para sempre o Verão. É um infantilidade? Se calhar é, mas não quero saber. Eu gosto é do Verão.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O Feng Shui e o Feng Chunga

Não é só um treinador que existe dentro de cada um de nós, há também, em em cada um de nós, um decorador. Há quem ache sinceramente que tem a capacidade e o dom de aconselhar na decoração alheia. A visita aos seus “covis” é a confirmação do requinte e o bom gosto. Se para alguns isto até é verdade, para muitos outros a coisa não é bem assim. Podemos até dividir os decoradores de bancada em duas correntes: a corrente Feng Shui e a corrente Feng Chunga.

O Feng Shui é uma corrente de pensamento milenar de origem chinesa. Os objectivos são – de acordo com a análise específica de cada local – conservar e distribuir as influências positivas presentes, redireccionar as negativas e implementar mudanças arquitectónicas (cor e forma) e posicionar objectos de forma beneficiar os moradores dessa habitação.

O Feng Chunga é também ele uma corrente de pensamento milenar. Não é fácil precisar a sua origem, mas, pela antiguidade, se não é oriental é europeia com toda a certeza. No entanto, convêm referir a dedicação do povo norte-americano a esta corrente. Em Portugal, o Feng Chunga tem, desde há alguns anos para cá, adquirido a tal influência asiática nas lojas do chineses. Felizmente para os seguidores desta corrente, nestas lojas também se pode comprar influências africanas, indianas e portuguesas. A estas influências todas junta-se ainda o mobiliário do IKEA, da Moviflor ou da Conforama. Os objectivos desta corrente são criar a confusão visual organizada, posicionar os objectos e naperons de forma a que o mobiliário não apanhe pó e dificultar o acesso dos moradores da habitação às prateleiras superiores.

Este texto, para não variar, também é do blogue antigo. Mas como estou em vias de mudar de casa, tenho levado frequentemente com o aconselhamento dos decoradores de bancada.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Odeio o cheiro a sabão natural

O meu olfacto não é o melhor, já aqui tinha dito que não cheiro bem. Mas há dois cheiros que eu cheiro bastante bem. Longe ou perto, sinto aquela merda. Merda que é como quem diz, não aprecio estes aromas. Reconheço sem qualquer falha quem usa Tide para lavar a roupa. O meu nariz pode não identificar ou reconhecer mais nenhum cheiro, mas nunca falha quando surge o sabão natural. O que me leva a pensar que o meu olfacto é selectivo e selectivo para o mal.E a moça que ontem estava ao meu lado no ginásio, lava o equipamento com aroma de sabão natural. Desejei no meu íntimo que cheirasse a suor.

Tarefas domésticas: A teoria da conspiração

Caro leitor, sim, para variar o género, é consigo que estou a falar. Encontrou a sua alma gémea, o tão desejado testo (ou tampa) para a sua panela. Mas já começa a ficar desconfiado. Há determinadas coincidências que teimam em acontecer sempre que se reúnem determinadas condições. Sente-se vítima de um qualquer plano maquiavélico, não é verdade? Pois. É natural.

É difícil encontrar algo que fique tão bem junto como tempo livre e a soneca no sofá. Mas depois do  voo em  queda livre para o sofá e ao primeiro toque das suas nádegas nas maravilhosas almofadas, há uma voz que se levanta – Queridooooooooooooooo, as compras já estão arrumadas? – Verdade seja dita, ninguém o mandou ir bater com os costados no sofá sem verificar se estava tudo feito. O facto é que não basta ajudar. Como morador da mesma habitação, a sua obrigação é trabalhar em prol da salubridade da mesma. O que me parece menos bem é a sua cara metade esperar que se instale confortavelmente para mandar o recado.

O seu clube está a jogar ou está a dar na TV a sua série preferida e lá vem a voz – Amooooooooooooooooooooooooooor, falta arrumar a louça da máquina! – Caramba, a louça não foge e, por isso, é preciso que alguém a leve para o armário. Mas a louça também não tem sentimentos, tanto lhe faz ser arrumada agora como mais tarde. Parece de propósito, não? 

Aproxima-se um dia importante a nível profissional e, para tudo correr bem, precisa da sua camisa da sorte ou, simplesmente, gostava mesmo de vestir aquela t-shirt. Adivinhe? Ainda não foi lavada ou falta passar a ferro. Aqui está mais uma coincidência do caraças. E o que fez para merecer isto? Provavelmente fez uma das seguintes opções ou, se calhar, até  as fez todas. Não costuma apanhar a roupa do estendal quanto mais pôr a máquina a lavar. Programas a dois só em casa e de pantufas. Sacudir a toalha é o mesmo que mandar para o chão as migalhas. A melhor altura para fazer a barba é depois de a casa de banho ter sido meticulosamente limpa.

Quanto à teoria da conspiração está convencido ou precisa de mais provas? Bem me parecia, passemos à retaliação. Isto vai dar trabalho, o não fazer nada não é solução. Mas estamos cá para o apoiar.

Se não fazer nada não resolve o assunto, fazer rápido e mal  também não. Apenas piora a situação e terá direito a sermão e missa cantada.  O plano a adoptar é o devagar, devagarinho mas bem. Qualquer tarefa é para fazer demoradamente, acaricie a placa vitrocerâmica como se fosse um peluche, manuseie e rodopie a esfregona lentamente e quase de forma erótica, não tenha pressa. Durante a realização de qualquer  tarefa, chame a cara metade de cinco em cinco minutos para confirmar se o que está a fazer está a ser correctamente feito – Bebé, está bem assim? É assim que queres? -  Não se esqueça de a tratar carinhosamente para a vencer pelo cansaço, levá-la a dizer a frase – Deixa estar que faço eu – e não provocar uma explosão. Mas se explodir, assuma o papel de vítima – Eu só quero agradar e ver-te feliz. Isso é crime, amor? 

Se seguir à risca as nossas orientações, em princípio, está safo. Se o plano não resultar, tem a satisfação de ver a sua casa arrumada e num brinquinho.

Este deu para muito trabalho de campo e pesquisa. Tinha que o trazer para aqui.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Mon Dieu, la finesse

Romance VS Prático

Pertence ao grupo das que orgulhosamente gabam o romantismo da sua cara-metade? Esfrega na cara das amigas a sua pretensão de superioridade com a frase “o meu Manuel Joaquim só faz o que eu mando”? Pare, sente-se e reflicta: é isso mesmo que quer? Um dependente infantilóide para toda a vida até que a morte os separe? Se a sua resposta é sim, a leitura acaba por aqui. Se este tema gera dúvidas ou a resposta é negativa, acompanhe-nos por mais umas linhas. 

Claro que não estamos aqui a defender a submissão e a aceitação do machismo. Saber mandar tem o que se lhe diga e escusado será dizer que não é preciso andar a anunciá-lo. Até porque o espalhar da boa nova, vejam o que aconteceu a Jesus Cristo, pode trazer consequências nefastas, ou seja, a perda da autoridade ou até mesmo a perda do agente mandado – o marido ou namorado.

Para que tudo corra em harmonia é preciso incutir ao agente mandado responsabilidade e poder decisório. Se houve tempos que gostava que a acompanhasse e esperasse por si para fazer qualquer coisa. Convenhamos que, hoje em dia, dá jeito coabitar com um ser minimamente independente que saiba ir ao supermercado sozinho, elaborar uma lista de compras por ele mesmo e saber aferir em sede própria a frescura e viçosidade dos alimentos em apreciação. Esta dependência pode originar telefonemas controversos, basta recordar a ligação da fruta ao mundo do futebol, ou até mesmo culminar numa viagem a dois ao hipermercado mais próximo e à passagem obrigatória pelos acessórios auto e pela secção de informática.

E como atingimos este nível de independência? – Perguntam vocês. Passo a Passo e com calma, respondo-vos eu. Numa ida às compras, peça-lhe para ficar na fila da charcutaria enquanto recolhe outros produtos. Deixe passar alguns dias e sugira-lhe que vá sozinho comprar o ingrediente que falta para acompanhar o prato preferido dele. Mais uns dias e deixe-lhe uma pequena lista de compras e vá, ao longo do tempo, aumentado esta lista até ser seguro deixar a lista de compras de parte e o agente mandado ser capaz de sozinho conceber e adquirir a sua própria lista de compras. 

Nota: A duração da desabituação da dependência depende do grau da mesma no agente mandado. Fiz-me entender? Espero ter sido útil.

Mais uma republicação do blogue antigo.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Equívocos e boatos


E, a propósito disto, lembrei-me do que aconteceu na rua dos meus pais. Há uns tempos atrás. correu o boato de que uma certa e determinada senhora tinha morrido. Toda a vizinhança afiançava a veracidade da certidão de óbito. Havia até testemunhas do acidente que teria provocado o falecimento da velha. Até que um dia, a velha reaparece a passear as suas duas cadelas, ou seja, a morta estava afinal viva. E, desde esse dia, a senhora ficou a ser conhecida pela morta-viva.

A fertilidade alheia

A evolução natural de um relacionamento não tem necessariamente que passar pela procriação. Aliás, a maior prova de inteligência está em ultrapassar esse desejo de prolongar a linha do ADN no tempo e no espaço, está em admitir racionalmente a incapacidade de ser pai antes de o ser.

A minha intenção não é ofender ninguém. Apenas penso que cada um deve optar em consciência. Devemos ser felizes com as escolhas que fazemos e ninguém tem o direito de nos apontar o dedo por isso. Ter filhos não deve ser uma obrigação, mas sim um desejo. Afinal de contas não são eles que pedem para nascer e quando se quer que eles nasçam, há que ter disponibilidade para eles. Eles merecem-no, merecem ser amados e preparados para o futuro. Não são um projecto que se pode abandonar se correr mal. Não é um serviço que outros possam terminar se não formos capazes de o levar até ao fim.

Mas o problema nem está em perguntar pelos filhos a quem não os tem por opção que, com melhores ou piores argumentos, já têm a resposta pronta e estudada. No entanto, fazer essa pergunta a alguém que ano após ano, tratamento após tratamento continua com a esperança de os ter, é simplesmente uma crueldade de todo o tamanho. Quem pergunta não sabe, mas também não tem de saber. Isso só diz respeito a duas pessoas. Bastava não perguntar.

Ter filhos, infelizmente, não nos faz melhores pessoas e o que não falta são exemplos disso. Não devemos recriminar ninguém por não os querer ter como também não devemos ter pena de quem os tem. Cada um é para o que nasce, às vezes quer-se mudar e a natureza não é colaborante.

E agora, the last but not the least, uma nota bem pessoal: os cães não são substitutos dos filhos, como os filhos não são substitutos dos cães. Parem de fazer analogias e acusações. Tratem de acompanhar os vossos filhos em vez de dar palpites sobre a fertilidade dos outros.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Espelho, espelho meu


As pessoas fazem as perguntas e depois não gostam das respostas. E não gostam das respostas porquê? Porque para o próprio a pergunta é séria e não devia induzir a piada em terceiros. Mas o que lhes passará pela cabeça para colocar dúvidas existenciais no Facebook? Estarão mesmo convencidos que o Facebook lhes dará respostas a todas as dúvidas? O Facebook é uma rede social e não psicólogo. O Facebook nem sequer é  vidente. O Facebook não é o Oráculo de Bellini. Mas tem piada, lá isso tem.