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segunda-feira, 3 de março de 2014
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Palavras, leva-as o vento
Até parece que foi ontem que saí da Covilhã, recordo como fiquei intrigada quando ouvi pela primeira vez o insulto "cona da mãe". Se calhar não devia ter perdido tanto tempo com isto, mas estas coisas do calão fazem-me sempre reflectir na génese e significado das expressões. Seria um insulto às mães? Uma forma diferente de chamar filha da puta? Seria uma verdade de La Palice: se existes, tens mãe e se tens mãe, esta tem cona? Perdi 10 minutos nisto e cheguei a uma conclusão: é melhor não falar à minha mãe sobre este assunto, quer-me parecer que ela não ia gostar.
Esta não foi a única expressão que me causou estranheza e me fez ver a diferença linguística entre a Covilhã e o Porto. Esta diferença vê-se nas palavras e também nos actos. Na Covilhã chamam broches às pessoas, aqui, no Porto, fazem-se. E o resultado - ou sentimento - final do dito e do feito é completamente diferente.
Esta não foi a única expressão que me causou estranheza e me fez ver a diferença linguística entre a Covilhã e o Porto. Esta diferença vê-se nas palavras e também nos actos. Na Covilhã chamam broches às pessoas, aqui, no Porto, fazem-se. E o resultado - ou sentimento - final do dito e do feito é completamente diferente.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
O poder da palavra
Sempre pensei que oferta é algo que se oferece, ou seja, é algo que se dá gratuitamente. No entanto, através da malta do telemarketing, fiquei a saber que afinal a oferta é para vender. A oferta reside no preço excelente de um serviço ou produto dos quais não precisamos, mas somos uns sortudos porque seremos os únicos a ter a oportunidade de comprar esta oferta! E, caramba, é mesmo isto que eu quero, o meu sonho é ter mais uma factura para pagar no fim do mês!
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Lost in translation
Acabada a instrução primária e a caminho do preparatório, a minha rica mãezinha achou por bem oferecer-me o Dicionário do Calão do Circulo de Leitores. O objectivo era preparar os meus ouvidos para algumas palavras menos eruditas. Se alguém me dirigisse palavras menos próprias, a minha mãe queria ter a certeza que eu entenderia o que me estava a ser dito.
Como devem imaginar, não me dediquei à mera consulta de palavras. Agarrei o livro na letra A e acabei na letra Z e se houve palavras que ouvi e disse, também houve outras que não passaram do papel. Mas não é por isso que vos escrevo estas linhas. Para dar sentido a todas estas palavras soltas, tinha dado jeito um manual que me ensinasse a lógica e a sua aplicação no contexto real da vida diária.
Um exemplo dessa necessidade revelou-se há umas semanas atrás quando descobri que a palavra ‘marmita’ quer dizer ‘cabeça’. Sempre pensei que significasse ‘cona’ porque no Norte, quem levava almoço para o trabalho, nomeadamente os senhores dos andaimes, chamava ‘cona’ à marmita. Nunca ninguém me explicou que, nestas coisas do calão, as palavras não gozam da propriedade comutativa, a troca de significados entre as duas palavras nem sempre se aplica. Naturalmente, nunca achei piada às expressões ‘vais levar tantas nessa marmita’ ou ‘estás toda comida da marmita’. Mas, mais vale tarde do que nunca, agora sei ao que realmente se referem e não fico chateada com os comentários à minha marmita.
Moral da história: Antes de me chatear, confirmar se tenho razões para isso. Encarar as coisas pela positiva: viver e aprender!
Mais um texto do falecido blogue.
Como devem imaginar, não me dediquei à mera consulta de palavras. Agarrei o livro na letra A e acabei na letra Z e se houve palavras que ouvi e disse, também houve outras que não passaram do papel. Mas não é por isso que vos escrevo estas linhas. Para dar sentido a todas estas palavras soltas, tinha dado jeito um manual que me ensinasse a lógica e a sua aplicação no contexto real da vida diária.
Um exemplo dessa necessidade revelou-se há umas semanas atrás quando descobri que a palavra ‘marmita’ quer dizer ‘cabeça’. Sempre pensei que significasse ‘cona’ porque no Norte, quem levava almoço para o trabalho, nomeadamente os senhores dos andaimes, chamava ‘cona’ à marmita. Nunca ninguém me explicou que, nestas coisas do calão, as palavras não gozam da propriedade comutativa, a troca de significados entre as duas palavras nem sempre se aplica. Naturalmente, nunca achei piada às expressões ‘vais levar tantas nessa marmita’ ou ‘estás toda comida da marmita’. Mas, mais vale tarde do que nunca, agora sei ao que realmente se referem e não fico chateada com os comentários à minha marmita.
Moral da história: Antes de me chatear, confirmar se tenho razões para isso. Encarar as coisas pela positiva: viver e aprender!
Mais um texto do falecido blogue.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
O meio é realmente a mensagem
Segundo Marshall McLuhan, o meio não é simplesmente um canal de transmissão de mensagens. O meio é determinante para a comunicação de uma mensagem e contribui para o significado dessa mensagem. Se eu já concordava com estes ensinamentos, quando vejo mensagens em t-shirts cujo meio é o contraditório tronco que a enverga, fico com a certeza que o homem tinha realmente razão.
Já vi de tudo em t-shirts, desde forças policiais de outro continente a senhoras com mais de setenta anos a ‘garantir’ que são sexy. Contudo, o que me levou a escrever não foram estes casos, mas sim um episódio que me aconteceu no Verão passado.
Nessa fatídica tarde de veraneio, cruzei-me com um tronco adolescente e imberbe que, numa t-shirt preta e em letras brancas garrafais, passeava a seguinte mensagem: Orgasm Donor. A mensagem era clara e objectiva, mas o meio transmitia-me outra coisa: Risco de Ejaculação Precoce, não mexer!
Mais um texto adaptado do outro blogue, mas a conversa ao almoço avivou-me a memória!
Já vi de tudo em t-shirts, desde forças policiais de outro continente a senhoras com mais de setenta anos a ‘garantir’ que são sexy. Contudo, o que me levou a escrever não foram estes casos, mas sim um episódio que me aconteceu no Verão passado.
Nessa fatídica tarde de veraneio, cruzei-me com um tronco adolescente e imberbe que, numa t-shirt preta e em letras brancas garrafais, passeava a seguinte mensagem: Orgasm Donor. A mensagem era clara e objectiva, mas o meio transmitia-me outra coisa: Risco de Ejaculação Precoce, não mexer!
Mais um texto adaptado do outro blogue, mas a conversa ao almoço avivou-me a memória!
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