quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O cúmulo da beleza interior é...

... ir a uma nova ginecologista e elogiarem-me os ovários. Voltar à mesma ginecologista e ouvir mais uma vez: os seus ovários são mesmo bonitos!

Já andava a guardar isto há algum tempo. Mas tive que me desbroncar. O que interessa receber elogios se não posso gabar-me?

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Vergonhas, quem não as tem?

Correu tudo bem com o primeiro jantar de Natal. Levei o vestido, dois pares de collants pretos -  uns mais opacos que outros - sapatos e outras coisas num saco para fazer a transição do dia de trabalho para a noite do jantar. Esqueci-me de levar uma pulseira, felizmente ofereceram-me uma.

Como na versão profissional estava de botas, enfiei também umas sabrinas para calçar ao fim da noite. Não gosto de conduzir de salto alto, - e tem sido uma boa opção, os meus sapatos estão impecáveis e sem quebras causadas pelos "carregares" de pedais - nem ia calçar as botas de cano alto com o meu vestido preto finecas. E se fosse parada pela brigada de trânsito? Que vergonha!

A noite correu sem precalços. Na hora do regresso a casa, tirei tudo o que tinha no saco para procurar as sabrinas. Encontradas, enfiei tudo outra vez, calcei-as e ala que se faz tarde.

Voltei a pegar no carro no sábado à tarde. E, num misto de vergonha e surpresa, vi que o segundo par de collants escapuliu-se do saco e passou a noite de sexta para sábado escarrapachado na caixa de velocidades. 

MALDITO SEJAS UNIVERSO!

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Free Nelson Mandela

Depois da revolução industrial,  o mundo nunca mais foi o mesmo. Fala-se do avanço tecnológico como propulsor da democratização da arte e dos ofícios e das mais variadas formas de expressão. E isso não é mau, mas a banalização é um risco eminente. Esta é a única explicação que encontro para a mesma intensidade de desgosto na despedida a Paul Walker e a Mandela.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Vão rolar cabeças

Tinha decidido que no Sábado iria proceder à missão forno. Já tinha comprado na semana anterior o super detergente e as luvas de borracha. Mas as minhas brancas precoces teimaram em aparecer e não consegui ficar indiferente. No entanto, não assumi logo o abandono da missão. Há vários cabeleireiros junto da minha casa e já experimentei três que, por uma razão ou por outra, não voltei a entrar lá. Resolvi experimentar o que tem escrito na montra em letras garrafais: CABELEIREIRO LOW COST. Pensei que ia ser rápido, mas não foi.

Abri a porta do estabelecimento lentamente, duas clientes com tinta na cabeça e uma senhora de luvas de borracha com ar de massagista da URSS. Senti medo, muito medo. Mas tive vergonha de sair. A senhora das luvas de borracha não disse nada, olhou apenas para mim inquisitoriamente. Balbuciei: era para pintar... E recebi a ordem de sentar.

Esperei 30 minutos e depois levei com a mistura do castanho chocolate mais não sei o quê durante uma hora na cabeça. Fiquei apreensiva com o resultado final. Ordenou que me sentasse na zona para lavagens de cabeça. Fui sozinha rapidamente porque tive medo que me empurrasse. A lavagem da cabeça foi tão meiga como dois ursos a andar à batatada. Perguntou-me como queria secar, não tive coragem para me ir embora com o cabelo a pingar. Pedi delicadamente que esticasse o cabelo referindo que se achasse que ia dar muito trabalho domar-me os caracóis, não havia problema nenhum em dar-me apenas uma secadela à juba. Temi pela brutalidade da escova aplicada à cabeleira, mas nem correu mal. Até usou o  "por favor" quando me pediu para segurar no secador. 

Conclusão, sobrevivi, paguei 20 euros e tenho o cabelo numa cor uniforme. Não foi mau. Talvez repita a experiência.