Mostrar mensagens com a etiqueta Porto. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Porto. Mostrar todas as mensagens
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Quem vem e atravessa o rio
domingo, 11 de janeiro de 2015
Também vou falar da sangria com pouco ou nenhum sumo
![]() |
As pretas no Candelabro com o branco da amiga algarvia que veio conhecer o Porto. |
Saber que também fala com toda gente e que também gosta de cerveja preta bebida pela garrafa, fez-me largar uma lagriminha de emoção. A Linda Porca é uma lady com particularidades que, à primeira vista, não combinam. Tal como eu. Mas quem vê caras, não vê corações e aqui este dito é "em bom".
domingo, 30 de novembro de 2014
domingo, 9 de novembro de 2014
Um facto sem interesse nenhum
Galerias de Paris é um bar na Rua Galerias de Paris. Também servem almoços e jantares. É maioritariamente frequentado por turistas ou alunos de Eramus. Basta olhar para perceber. Mas se ainda assim não estranharem os ruivos e loiros, as amazonas com gosto duvidoso no vestir, a quantidade de cerveja arrumada em segundos, as bandeiras estampadas no tronco - os portugueses, no que à parolice diz respeito, não estão sozinhos no mundo -, não há como negar a evidência quando o DJ, com tendências ‘oitentistas' e azeiteiras, atira com o "Amanhã de manhã" das Doce e, numa casa cheia, só se vêem dez ou doze dedos indicadores no ar. A cada pessoa, em princípio, calha ter dois dedos indicadores. Logo estariam cinco ou seis portugueses. Se alguns dos indicadores era meu? Não! Eu estava de saída.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
terça-feira, 17 de junho de 2014
As montras da Crise
A amiga Olga foi, ou melhor, é fotógrafa. Há coisas que nunca deixamos de ser mesmo quando já não o fazemos profissionalmente. Foi fotojornalista e as suas fotografias não são só e apenas bonitas. Uma imagem vale mais que mil palavras e todas as imagens trazem informação. Mas há umas que trazem mais que outras.
Captou imagens da baixa do Porto. Mas não foram as imagens dos postais. E, ao ver a sua exposição, consegui perceber o que tem passado por mim invisível: um sem número de lojas fechadas, entaipadas e cobertas de arte urbana que camuflam a história de vida de quem ali trabalhou anos a fio. O passado cada vez mais presente em pleno coração da cidade, o palco da movida portuense. E o mais triste é admirarmos o grafitado sem pensar nas pessoas arrancadas dali. Fiquei triste por saber que a Livraria Leitura na Rua de Ceuta fechou, mas a fotografia que não me sai da cabeça é a do recado manuscrito colocado na montra. Não consigo decifrar se é ironia ou gratidão: Agradeço a todos os meu clientes que estiveram comigo até ao fim.
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Crónicas de uma viagem: Taxistas de lá e de cá - 3
Trajecto Bairro Alto ao ponto X: o altruísmo e a falta de civismo
Tira-se a selfie da noite no Bairro Alto e vamos embora que o dia foi longo e cansativo. Avista-se um táxi e faz-se sinal de paragem, toca a entrar e a acertar o destino. Não se bebeu muito, mas foi o suficiente para soltar o diálogo perante a imagem de três urinadores públicos:
- Que nojo!
- Que foi?
- Não viste? Estavam a mijar na rua. Badalhocos! Que falta de civismo!
- Olhe, ali há pouco, passei por um colega que estava parado para a cliente vomitar.
- Pouca sorte, ao menos que não tenha vomitado no carro…
- E é um carro novinho!
- Coitado…
- Para bem ser, o carro devia ir à desinfestação. Hoje já não vai, só pode ir no sábado de manhã. Domingo está fechado. Segunda tem que ir a uma inspecção e só depois é que o carro pode voltar a trabalhar, Já viram? Quem é que paga o prejuízo?
Éramos três passageiros e concordamos todos que era fodido, só não foi exactamente por estas palavras… ou terá sido? Mas pronto, sim, o homem disse desinfestação. Toda a gente sabe que para os taxistas os bêbados são praga e o vómito a sua disseminação, logo só faz sentido a desinfestação.
Palavra puxa palavra e ficamos a saber que no ano novo o senhor traz sempre sacos no carro, que há miúdos a sair de casa com uma roupa, a trocar por outra no carro e a deixar ficar algumas lembranças para trás, que uma vez lhe perguntaram “Sr. motorista não se importa que mude as cuecas” pois a senhora estava a sair de um para entrar noutro trabalho. Até que chegamos à parte do miúdo que se distraiu na noite e não tinha outra forma de regressar a casa a não ser de táxi. O desgraçado não tinha bateria no telemóvel, não sabia o número da mãe e morava já não me lembro onde, mas que era longe para caralho (longe foi o taxista que disse e o caralho acrescento eu para dar ênfase ao dramatismo da narrativa). Levou o puto a casa, mas a mãe não estava. Ciente de que podia ficar a arder, mas confiante na boa acção, regressou sem receber e deixou ficar o cartão (ui, esta merda rima!). A plateia, que éramos nós, ficou extasiada com tamanha bondade e fomos verbalizando a necessidade da existência de mais pessoas a fazer o bem sem pensar em recompensas. Mas, nestas coisas das parábolas, o bem é sempre recompensado! Uns dias depois, a mãe do puto ligou e marcaram encontro no Colombo. Foi a família nuclear toda, não só pagaram a corrida como ainda lhe ofereceram um bolo de chocolate feito pela senhora:
Plateia: OoOoOoH que fofos!
Esta receptividade toda promoveu a divulgação de mais um episódio. Desta feita, a protagonista era uma velhinha que vinha carregada de compras e morava num prédio sem elevador. Sem pensar nas consequências, estacionou em segunda fila e agarrou nos sacos para galgar as escadas. Ao descer, encontrou um automobilista furioso que, ao saber da razão, logo se apaziguou:
Taxista: Nós não sabemos como vai ser connosco. Não sabemos o dia de amanhã! Nós também vamos chegar lá!
Plateia com a fé restaurada na bondade humana: Pois não, fez muito bem! Ninguém ajuda ninguém. Ninguém se põe no lugar do outro!
Chegados ao destino, pagam-se os nove euros e cinquenta. Verificamos alguma dificuldade em sair porque o homem tinha engatado na contagem de episódios e notou-se o sofrimento por perder tamanha plateia. Lá conseguimos sair, mas não sem antes levar o cartão e deixar a promessa de que não nos riríamos do nome dele.
Tira-se a selfie da noite no Bairro Alto e vamos embora que o dia foi longo e cansativo. Avista-se um táxi e faz-se sinal de paragem, toca a entrar e a acertar o destino. Não se bebeu muito, mas foi o suficiente para soltar o diálogo perante a imagem de três urinadores públicos:
- Que nojo!
- Que foi?
- Não viste? Estavam a mijar na rua. Badalhocos! Que falta de civismo!
- Olhe, ali há pouco, passei por um colega que estava parado para a cliente vomitar.
- Pouca sorte, ao menos que não tenha vomitado no carro…
- E é um carro novinho!
- Coitado…
- Para bem ser, o carro devia ir à desinfestação. Hoje já não vai, só pode ir no sábado de manhã. Domingo está fechado. Segunda tem que ir a uma inspecção e só depois é que o carro pode voltar a trabalhar, Já viram? Quem é que paga o prejuízo?
Éramos três passageiros e concordamos todos que era fodido, só não foi exactamente por estas palavras… ou terá sido? Mas pronto, sim, o homem disse desinfestação. Toda a gente sabe que para os taxistas os bêbados são praga e o vómito a sua disseminação, logo só faz sentido a desinfestação.
Palavra puxa palavra e ficamos a saber que no ano novo o senhor traz sempre sacos no carro, que há miúdos a sair de casa com uma roupa, a trocar por outra no carro e a deixar ficar algumas lembranças para trás, que uma vez lhe perguntaram “Sr. motorista não se importa que mude as cuecas” pois a senhora estava a sair de um para entrar noutro trabalho. Até que chegamos à parte do miúdo que se distraiu na noite e não tinha outra forma de regressar a casa a não ser de táxi. O desgraçado não tinha bateria no telemóvel, não sabia o número da mãe e morava já não me lembro onde, mas que era longe para caralho (longe foi o taxista que disse e o caralho acrescento eu para dar ênfase ao dramatismo da narrativa). Levou o puto a casa, mas a mãe não estava. Ciente de que podia ficar a arder, mas confiante na boa acção, regressou sem receber e deixou ficar o cartão (ui, esta merda rima!). A plateia, que éramos nós, ficou extasiada com tamanha bondade e fomos verbalizando a necessidade da existência de mais pessoas a fazer o bem sem pensar em recompensas. Mas, nestas coisas das parábolas, o bem é sempre recompensado! Uns dias depois, a mãe do puto ligou e marcaram encontro no Colombo. Foi a família nuclear toda, não só pagaram a corrida como ainda lhe ofereceram um bolo de chocolate feito pela senhora:
Plateia: OoOoOoH que fofos!
Esta receptividade toda promoveu a divulgação de mais um episódio. Desta feita, a protagonista era uma velhinha que vinha carregada de compras e morava num prédio sem elevador. Sem pensar nas consequências, estacionou em segunda fila e agarrou nos sacos para galgar as escadas. Ao descer, encontrou um automobilista furioso que, ao saber da razão, logo se apaziguou:
Taxista: Nós não sabemos como vai ser connosco. Não sabemos o dia de amanhã! Nós também vamos chegar lá!
Plateia com a fé restaurada na bondade humana: Pois não, fez muito bem! Ninguém ajuda ninguém. Ninguém se põe no lugar do outro!
Chegados ao destino, pagam-se os nove euros e cinquenta. Verificamos alguma dificuldade em sair porque o homem tinha engatado na contagem de episódios e notou-se o sofrimento por perder tamanha plateia. Lá conseguimos sair, mas não sem antes levar o cartão e deixar a promessa de que não nos riríamos do nome dele.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Crónicas de uma viagem: Taxistas de lá e de cá - 2
Trajecto Santa Apolónia ao ponto X: a pragmática das
teorias de comunicação e o tamanho também importa
Eu: Boa tarde, hotel X… ora deixa lá ver a morada… Avenida Y... por favor?
Taxista: …
Eu: (À espera do resultado das funções de linguagem previstas no modelo comunicacional de Roman Jakobson)
Taxista: …
Eu: Olhe, gosto que me respondam. É uma mania que tenho…
Taxista: Sim, sim. Eu ia responder, estava à espera que acabasse.
Eu: Ah, ok. Já acabei!
Taxista: Boa tarde! Sim, sim, sei onde é.
Eu: Desculpe, sou muito stressada e ainda não entrei no relaxe do fim-de-semana.
Taxista: Pois, pois, claro!
Segundo tripulante: Que grande barco!
Eu: Gostava de fazer um cruzeiro no Nilo!
Segundo tripulante: Também eu, mas este barco é muito grande.
Taxista: Mas ou é um cruzeiro ou não é. Se é para andar de barco, basta o cacilheiro!
(risada geral)
Eu: Tem toda a razão!
…
Taxista: É aqui o hotel, bom fim-de-semana, boa estadia e aproveitem para relaxar.
Eu: Boa tarde, hotel X… ora deixa lá ver a morada… Avenida Y... por favor?
Taxista: …
Eu: (À espera do resultado das funções de linguagem previstas no modelo comunicacional de Roman Jakobson)
Taxista: …
Eu: Olhe, gosto que me respondam. É uma mania que tenho…
Taxista: Sim, sim. Eu ia responder, estava à espera que acabasse.
Eu: Ah, ok. Já acabei!
Taxista: Boa tarde! Sim, sim, sei onde é.
Eu: Desculpe, sou muito stressada e ainda não entrei no relaxe do fim-de-semana.
Taxista: Pois, pois, claro!
Segundo tripulante: Que grande barco!
Eu: Gostava de fazer um cruzeiro no Nilo!
Segundo tripulante: Também eu, mas este barco é muito grande.
Taxista: Mas ou é um cruzeiro ou não é. Se é para andar de barco, basta o cacilheiro!
(risada geral)
Eu: Tem toda a razão!
…
Taxista: É aqui o hotel, bom fim-de-semana, boa estadia e aproveitem para relaxar.
Crónicas de uma viagem: Taxistas de lá e de cá -1
...
- 90% dos capotamentos na VCI, são senhoras!
...
- É melhor irmos para a frente da estação, aqui nas traseiras andam muitas romenas. E eu não gosto de deixar aqui ninguém, principalmente senhoras.
- Olha, olha, já cá estamos... quanto é?
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Ainda falta muito para o Verão?
Eu gosto do calor. Gosto de derreter. Provavelmente, se tive outra vida que não esta, já fui um réptil. E, infelizmente, o Porto não é a cidade mais quente, no entanto, ao contrário do que possam pensar, também não é a cidade ou uma das cidades mais frias de Portugal. A proximidade do mar e a presença do rio fazem-no ameno. Não é o frio nem o calor que nos castigam, é a humidade. Mas nem só de humidade vive o rio, também tem pontes e são essas pontes que nos levam ao calor.
Subscrever:
Mensagens (Atom)