domingo, 16 de novembro de 2014
Quando menos se espera
Chego a casa e vou como estou. Não há tempo para trocar de personagem, nem disposição (não gosto de sair à Sexta-feira, tal como não gosto de sair de casa ao Domingo). Precisa de alguém com quem falar e o "Sister" para acompanhar o V. não foi escolhido à toa. Apesar da camisa de colarinho rígido e do casaco com lapela, não me sinto desenquadrada porque não quero enquadrar-me. Não me interessam. Ouço-a falar das certezas, medos e inseguranças para enfrentar os projectos pessoais e profissionais que se aproximam. Mas está feliz e isso é o mais importante. E a noite acabava por aqui se não chamassem por ela. O clássico acontece: ser visto quando não se quer ser visto. Passamos para uma mesa de quatro. Não sei se é o casaco ou a camisa que mais me incomoda agora. Conheci-o no Verão, sem perguntas associadas, diz que se lembra de mim. Anedotas, coincidências, o clássico Trivial Pursuit com os " já li, já vi, não conheço, já ouvi falar e tenho mesmo que ver/ler/ouvir isso", tudo a correr bem e fui assaltada, ainda que com consentimento tácito, mas não me soube a nada. Demasiado técnico e orgânico, não no sentido de natural e bem encaminhado. É suposto a magia acontecer nestas coisas, não é? Sim, é isso. Decidi levantar-me e sair.
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