Seja neles ou seja nelas, os óculos à nerd não faltam por aí. E não é
isso que me choca, há pessoas que ficam muito bem assim. Só não gosto
tanto quando os óculos são maiores que a cara que os usa e há quem os use sem precisar deles. Mas não é
disso que eu vou falar.
Se há alguns anos atrás, usar este tipo de óculos era apresentarmos-nos
ao mundo como totós sábios e intelectuais. Hoje em dia qualquer cão ou
gato pode aspirar a ter um exemplar sem ser alvo da chacota alheia. Ou
seja, o nosso cérebro está formatado para reconhecer o utilizador deste
tipo de armação como um cromo intelectualmente superior, mas, como
facilmente se comprova, nem sempre este conceito corresponde à
realidade. E se isto não é publicidade enganosa, é o quê?
Infelizmente, não há defesa do consumidor que nos assista. Apenas
podemos agir com precaução para não sermos enganados e, por
consequência, comermos gato por lebre. Numa saída à noite, se encontrar
alguém que ostente este tipo de óculos, antes de iniciar qualquer tipo
abordagem: pare, escute e olhe! As frases ‘o assombro dos teus catetos
dá-me cá uma hipotenusa’ ou ‘parece-me que o meu corpo já ultrapassou os
60% de água, está tudo a transbordar’ podem não funcionar. Avalie o
objecto da abordagem, confirme se vale a pena e, para ser melhor
entendido ou entendida nos seu propósitos, talvez tenha que usar uma
frase mais básica.
Boa sorte!
Num próximo artigo abordaremos a tendência retrosexual e a influência Mad Man
que une os óculos à nerd ao cabelinho à foda-se. Este penteado
caracteriza-se por cabelo lambidinho com risca ao lado bem demarcada,
dando ao seu utilizador um ar de betinho totó.
Nota: Mais um do antigo blogue. Continua actual. Nunca chegamos a escrever sobre a tendência retrosexual e a influência Mad Man. Eu uso óculos, ligeiramente totós, porque preciso deles!
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