terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Em frente

Pela observação directa e através de relatos de outros, posso afirmar que cães e gatos atravessam a rua de maneiras diferentes – Nunca atropelei ninguém (Nem cão, nem gato, nem pássaro, nem mulher, nem homem, nem velho, nem jovem, nem criança). Sim, há muito bicho na rua sem dono e sei que não consigo ajudar todos. Vou ajudando um de cada vez e aqui também entram pessoas. Normalmente, há sempre as excepções à regra, os cães param, olham e seguem em frente. Os gatos seguem a direito sem olhar e quando sentem movimento, não correm para a frente, hesitam por segundos e regressam ao ponto de partida e é nesse ressalto que as coisas podem correr mal. Hoje, na A4, vi um gato preto a correr da esquerda para a direita. Foi por uma unha negra (estive para escrever pintelho, mas desisti). Parou quase em cima do carro da via direita. Eu estava na esquerda a ultrapassar, desacelerei porque pensei que ele voltasse para trás. Não voltou, deixou passar o carro e seguiu o seu caminho. Levei com os sinais de luz da condutora que seguia atrás de mim e com razão. Podia ter corrido muito mal. Enfiei-me na direita, sabia que ela ia olhar para mim, assim que passou, pedi desculpa gestualmente.
 

Lições: Voltar atrás nem sempre vale a pena. Nem sempre os outros fazem o que esperamos deles e, na estrada e fora dela, nem sempre tenho razão. Manter a distância de segurança entre veículos a circular é importante. E os gatos pretos não dão azar. Esta última não posso afirmar com toda certeza porque, tecnicamente, ele não se atravessou à frente de ninguém. Atravessou a estrada, mas não sei se a estrada estará preocupada com isso.

4 comentários:

  1. Eh pá, e os pigeons, pá?
    Caneco para os pombinhos da Cat'rina!
    Tu acreditas que eu abrando, paro, desvio-me, até apito? Tudo menos esmagar um. E o que eles merecem!
    Mas também não quero ficar com nenhum animal atravessado na consciência. Percebo-te perfeitamente. Mas toma mais conta de ti do que deles, por favor.

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    1. Olha, outra semelhança! Também me desvio dos pombos, às vezes grito (dentro do carro) e faço sinais para saírem da estrada. Nem quero imaginar o que lhes passa nas cabecinhas ao verem as minhas figuretas :D

      Não é só com os animais, o meu maior medo é matar alguém. Não conseguia viver com esse peso na consciência.

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    2. Quanto a pessoas, nem equaciono a hipótese.
      E essas, em princípio, não andam a deitar-se para baixo das nossas rodas, como o raio dos pombos.

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    3. Sim, não andam e os pombos são realmente uma praga. Mas não consigo passar os pombos a ferro :)

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