Faço este caminho há sete anos. Sou uma pessoa de hábitos e ir do ponto A
ao ponto B é uma rotina que faço sem alterações. Não o sei fazer de
outra maneira. Ou melhor, não o sabia fazer de outra maneira até hoje.
Quer dizer, o mais provável é, se isto voltar a acontecer, entrar em
pânico outra vez. Porque, enquanto escrevo, estou a lembrar-me de várias
situações pelas quais já passei e que envolveram cortes de estrada que
me obrigaram a ir por caminhos nunca antes navegados, mas que me levaram
a bom porto. No entanto, hoje foi especial. Tive direito a um puxão de
orelhas da autoridade. Pedi desculpa, dei o braço a torcer face aos
argumentos apresentados: "é grave, desrespeitou a sinalização", "os
senhores condutores saem de casa em piloto automático" e "se estivesse
aqui um buraco?". Depois, deu-me as indicações necessárias e ajudou-me a
voltar ao caminho. Cheguei ao ponto B sã e salva com um atraso de 15
minutos. Não foi mau. A minha faceta de drama queen já me estava a enfiar nos calabouços por muitos anos e sem apelo nem agravo.
Sem comentários:
Enviar um comentário