quarta-feira, 3 de abril de 2013

1, 2, 3, som, som

Gosto da sonoridade de algumas palavras. Gosto dessas palavras isoladas sem ter em conta o seu significado avulso ou contexto para serem utilizadas. Há palavras que me sugerem outras e entro num jogo de palavras sem nexo para os outros, mas com significado para mim. Sinto uma uma compulsão fonética e tenho que as verbalizar, não chega pensar nelas. Tenho feito um esforço para tentar utilizá-las coerentemente e em frases completas. "Centauro" foi uma das palavras que mais trabalho me deu, mas consegui. Já aleguei padecer do síndrome de Tourette quando o chorrilho de palavras envolve palavrões. Tento que tenham algo em comum, seja a sonoridade ou o significado. É certo que às vezes invento palavras. Nem sempre é bonito, nem sempre é engraçado. Há quem o tenha feito muito bem, há quem o faça muito bem, há quem seja ridículo e há quem nos deixe sem palavras, but not in a good way.

"Há mar e mar, há ir e voltar"
Alexandre O'Neill



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