segunda-feira, 30 de junho de 2014

Recordar as Crónicas de uma viagem


- Boa tarde!
- À direita tem o Luca e à esquerda, o Bosch!
- São os cabeça de cartaz, não é?
- Sim (risos)... São de onde?
- De lá de cima.
- Vou lá em Setembro. Vou a um campeonato. A um campeonato de danças de salão!
- Entaaaão... Diz que o Luca é para aquele lado, não é assim?

Sou uma fraca!


"Estão tão lindas as minhas unhas, vou tirar uma fotografia só porque sim!" - Não consegui resistir e espetei a fotografia aqui. Será pecado?

Nota: O meu coração é jabardo, o resto nem por isso.

Decisions, Decisions.

Gosto de Clash. Perguntaram-me qual o meu Top 3 de músicas dos Clash. Não consegui escolher três. Tentei. Disse que tinha um Top 3 de medicamentos. Mas não consegui impressionar. Olha, vidas!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

A lei do retorno mas em bom!


Linda Porca, estou a torcer para que ganhes o euromilhões!

Não vi o jogo. Estava a trabalhar.


Sinceramente, apesar do pontinho de esperança, não acreditava no apuramento de Portugal. A participação no Mundial acabou no domingo, estava decidido que não veria mais nada. Mas tive que voltar com a palavra atrás. Todos a falar sobre o arranque dos calções ao Ganês. Procurei o vídeo no youtube e, ao ver a cena, pensei: foda-se, como é que uns calções rasgam assim tão facilmente? Tenho alguma experiência no tratamento de roupa. Aqueles tecidos ou estão muito velhos ou andam a exagerar na lixívia e nas temperaturas altas. Coitadinhos, às tantas não têm dinheiro para mais. Vou ajudá-los... Crowdfunding para comprar equipamentos novos à selecção do Gana, é isso!

O Bom, o Mau e o Vilão

Morreu Eli Wallach. Não foi hoje. Eu sei. Fico triste. Não pelo actor e nem pelo filme em si. Mas este foi um dos filmes que mais vezes vi com o meu irmão. O meu irmão morreu. E Também não foi hoje. Nunca mais vi o "O Bom, o Mau e o Vilão". Comprei-o o ano passado na Fnac. Continua por abrir, tenho-o para ali pousado junto ao "Feios, Porcos e Maus" que também ainda não sei quando o irei rever.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

A tolerância é um pau de dois bicos

E aquelas pessoas que escolhem viver de forma alternativa e exigem tolerância e respeito pelas suas crenças e depois estão sempre a fazer juízos de valor e a tentar corrigir a nossa forma de vida, conheces?

terça-feira, 24 de junho de 2014

O São João não é para todos, infelizmente

Tempo frio e chuvoso. A idade a não ajudar. Este ano não fiz o sacrifício de dormir pouco e acordar cedo. Vidas! Em anos anteriores foi assim: 

Apontamentos de São João 
O S. João é para a semana 

E cá vai a minha quadra:

Ò meu rico São João,
és o meu santo preferido,
para mal dos meus pecados,
divides o nome com o falecido!

Ainda sobre o jogo de domingo...

Não sabia quem era o treinador da selecção norte americana e quando o vi ali, em directo na televisão, o meu coração abanou: Jürgen Klinsmann! O meu jogador preferido nos tempos do FIFA International Soccer jogado na Sega Megadrive.
 
A minha equipa era a Alemanha e o meu irmão jogava com a Dinamarca. Às vezes fazíamos campeonatos, outras vezes escolhíamos o adversário. Nos dias maus e a precisarem de animação, escolhíamos defrontar o Qatar só pelo prazer da goleada. E eu nem gosto de futebol. Gosto do FCP.

Ao ver o jogo também senti saudades da dupla Jorge Costa e Fernando Couto.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Fiquei acordada até tarde para ver a selecção empatar

É domingo e o jogo é às 23h00. Que se foda. Amanhã lá havemos de conseguir acordar. Rumo a casa da Catatau para ver o jogo. Eu e Catatau de verde, Z. apresenta-se de preto: pelo sim, pelo não, venho já de luto! Mas lá sacou o cachecol luso.O marido da Catatau também não estava confiante, mas arranjou-me um cachecol. A prima da Z. cedeu às alergias. Não sabemos se seria do meu perfume ou do cachecol da Catatau. Não me descosi acerca dos bichos que tenho em casa. Tive medo ser expulsa.
Começa o desfile de jogadores: gosto do Nani, tem um ar simpático! Cinco minutos de jogo e o Nani marca. E os americanos sempre a ameaçar.Tentei fazer o mesmo com os outros jogadores portugueses na esperança do golo. Mas Deus percebeu que não era sincero e não ajudou. A Z. disse para não chamar Deus para estas coisas que "Ele tem mais o que fazer". "Mas o jogo é em sinal aberto, de certeza que está a ver!". A Catatau só gritava "Bô tem mel, chuta a bola para a frente!" e o marido dizia: estão todos lesionados, não temos selecção para um Mundial.

O Veloso estava lá para os lançamentos laterais e o Cristiano Ronaldo a precisar de acertar a mira. Cheira-me que exagerou na depilação das sobrancelhas e aquilo desalinhou. Mas o que me impressionou foi o gás com que os americanos subiam e desciam e os nossos, a-brigada-do-reumático-chamem-o-inem, ali a morrer:

- Foram para lá fazer turismo em vez de treinarem. E foram ao cabeleireiro! Estão todos com penteados diferentes!
- Se fosse comigo, punha-os a treinar a corrida com pesos nas pernas. Haviam de correr como flechas!
- Tipo Son Goku?
- Sim, isso. E ficavam a saltar para caralho!
- Bô tem mel, chuta a bola para a frente!

E tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia parte: os americanos marcam. Pronto. Estava tudo acabado. Já só desejávamos não perder por muitos. E, vai daí,vem o Varela e marca. Não nos iludamos, nunca fomos bons a matemática.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

O problema de recuar é que às vezes não há volta a dar


- Lembras-te disto? Não me digas que não te lembras? Não conhecias?
- Não, não me lembro. Não, não conheço e estava muito bem na ignorância.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Descodifiquem-mos

- ... estas coisas estão em nós, são os nossos princípios e é preciso dar o passo em frente. Mas as pessoas não dão, estão acomodadas! Eu vejo pelos meus colegas!

- Pois, dar um passo em frente sozinho é complicado...

- Não é isso que eu estou a dizer, eu digo outras coisas... está a compreender?

- (Sendo assim... Não, não estou a compreender!) ah, pois...

- Vivemos numa realidade Peter Pan!

- (CUECAS E SOUTIEN!) ah, pois...

- Agora já está a compreender?

- (Não, não estou) Sim, sim, já estou a perceber onde quer chegar. Bem, tenho que ir embora. Até logo!

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Coisas do arco da velha

It's my party and I'll cry if I want to...
Moram por cima de mim e têm a varanda recuada. Naquelas cabeças a via pública é de todos e, por isso, de ninguém. Logo, é legítimo sacudir e atirar o que não faz falta em casa. E o meu terraço, naquelas cabeças, é equiparado à via pública. Sacudir o tapete, sacos, mochilas e estender um edredão a pingar sobre o meu terraço não é nada de mais. Mas já é aborrecido quando o vento o faz cair e os meus cães o desfazem, criando, assim, um cenário de estância de ski com 30 graus à sombra. E, depois, a velha, que resolveu divulgar-me a falta de dentes frontais (agora que conheço o espaço entre o canino direito e o canino esquerdo, resolvi dar-lhe o nome de arco da velha), vai para a janela berrar com eles e comigo porque "vai ter que pagar, foi para o lixo e a minha filha tem dois cães em casa e não estragam nada". Calmamente disse-lhe que não me podia responsabilizar pelo que deixam cair no meu terraço e que os meus cães não foram a casa deles estragar nada. Podia ter-lhe dito que, se é para berrar comigo, devia ter colocado a placa que os desdentados fazem-me aflição. Resolvi relevar e espero que não volte a acontecer. Mas, a velha, continuava a gritar. Retirei-me. Sou uma lady com coração jabardo, é certo. Mas não entro em peixeiradas. Já passaram dois dias e estou a pensar bater-lhes à porta.

Em tempos, puseram uma costeleta a arrefecer no "taparuére" para levar no dia seguinte. A caixa caiu e a costeleta foi-se. Meti o recipiente na máquina e entreguei-o lavado.  Só não lhe paguei a costeleta porque os meus colegas disseram que bastava lavar a caixa. Também perdoei o terem-me manchado as almofadas das espreguiçadeiras com roupa colorida e "pingante".  Não o devia ter feito?

terça-feira, 17 de junho de 2014

Selfish?


As montras da Crise


A amiga Olga foi, ou melhor, é fotógrafa. Há coisas que nunca deixamos de ser mesmo quando já não o fazemos profissionalmente. Foi fotojornalista e as suas fotografias não são só e apenas bonitas. Uma imagem vale mais que mil palavras e todas as imagens trazem informação. Mas há umas que trazem mais que outras.

Captou imagens da baixa do Porto. Mas não foram as imagens dos postais. E, ao ver a sua exposição, consegui perceber o que tem passado por mim invisível: um sem número de lojas fechadas, entaipadas e cobertas de arte urbana que camuflam a história de vida de quem ali trabalhou anos a fio. O passado cada vez mais presente em pleno coração da cidade, o palco da movida portuense. E o mais triste é admirarmos o grafitado sem pensar nas pessoas arrancadas dali. Fiquei triste por saber que a Livraria Leitura na Rua de Ceuta fechou, mas a fotografia que não me sai da cabeça é a do recado manuscrito colocado na montra. Não consigo decifrar se é ironia ou gratidão: Agradeço a todos os meu clientes que estiveram comigo até ao fim.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Não me batam que eu uso óculos!

Pedido de amizade recebido, amiga da amiga que está lá fora. Não me parece grave e aceito com as devidas precauções: lista de restritos. Os dias passam e nem me lembro mais disso até ao salto da caixa do chat: Boa noite. Estranho a abordagem tipicamente masculina. Normalmente, quando não me conhecem pessoalmente, o assunto do contacto é logo despachado a seguir ao boa noite ou ao olá. Pelo sim pelo não, faço o que ainda não foi feito: "cuscar" o perfil! E o que encontro? Um mural pejado de declarações amorosas de um elemento feminino com cara de desafiar soco. Decido não devolver o boa noite. Mas eis que surge a justificação: enviei-te pedido de amizade porque acho que te conheço dos meus tempos de juventude... Confesso que os "tempos de juventude" soaram a alguém mais velho do que eu. No entanto, devolvi-me à terra: Vê-vê, estás com a mania que és boa e irresistível a homens e mulheres...Caralho... Orienta-te, mulher! Se calhar até a conheces. "Não me recordo, mas não é impossível" - respondo. Rapidamente aparece o "andei na escola x". Devolvo: Nunca andei nessa escola. E chega o "Ah ok :)". Para não parecer bruta, atiro também com um smile para finalizar a conversa. E a conversa não acaba: Vives no Porto? Resolvi não responder sem perguntar a outros se estaria a exagerar. Não quero ser desagradável, mas a verdade é que se fosse uma abordagem masculina a coisa estaria removida e bloqueada. Mesmo correndo o risco de estar a ser convencida. Não perderia tempo a pensar no que poderiam estar a pensar de mim do outro lado do chat. Mas o medo de estar a ser "homofóbica" faz-me adiar a questão. Deverei dizer-lhe que jogamos em equipas diferentes ou estou a exagerar? Mostro as mensagens e perfil a outros e há uma novidade com 8 horas de publicação: A X está numa relação com a Y. E digo: Olha, a história da minha vida! Sujeita a levar nas trombas sem ter interesse ou ter feito alguma coisa: não respondi. Mais vale prevenir do que remediar.

Este fim-de-semana, para mim, foi oficialmente aberta a época balnear


"Só faço praia no Algarve. Cá em cima a água é muito fria, há muito vento, a areia é grossa, tem rochas, tem espinhas, tem osso, tem côdea, etc." - posto isto, só tenho uma coisa a dizer: FRAQUINHOS!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

I went to Nos Primaverasound and all I got was this lousy picture of Pixies



A entrada era pela Circunvalação e o carro foi deixado na Avenida da Boavista entre o Horto e o Bela Cruz. Mas "não há stress que é um caminho que se faz bem" e o mesmo conselho é dado aos forasteiros:

- Desculpem, onde é a entrada para o Festival?
- É do outro lado do parque. Estão a ver aquelas luzes? É ali. Mas é melhor estacionarem por aqui porque já deve estar complicado para aqueles lados.

Deixamos o Castelo do Queijo para trás e começamos a travessia sem passeios da fronteira Porto/Matosinhos:

- Sai da estrada, chega-te mais para a berma!
- Ok, ok.

Mais dois ou três alertas e sai a pergunta cuja resposta entredentes foi afirmativa: "V., tens vertigens?" - Eu sei que é baixinho e, se caísse, seria na água ou na relva e não me magoaria por aí além. Mas eu tenho razões que a minha própria razão desconhece.

Já a preparar os bilhetes, passamos por um miúdo. Cabelo desgrenhado, óculos, alguma penugem na face, t-shirt e saco do Primavera a tiracolo. A mercedes encosta, dirige-se à carrinha e, no processo de entrada na viatura, atira-nos:

- Eu já volto outra vez, ok?
- Ai voltas? Ok!
- Está bem.
- Até já, então.

Ofendeu-nos de alguma forma? Tê-lo mandado para o caralho trazia-nos alguma dignidade? Alinhar na fantasia tirou-nos algum pedaço? Não, não e não. A dignidade está intacta e o miúdo, em princípio, marcou pontos... com o pai... que o foi buscar... para jantar... talvez?

Moral da estória: Nada de pânico. Nada de fanatismos. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

Creepy

Estar descalça dá-me um certo ar de descompensada. Adoro.
Comove-me a confiança que têm em mim. Não é qualquer um que se pode gabar de lhe emprestarem um machado sem perguntas anexadas. Estou em crer que, se fosse preciso esconder um cadáver, arranjava ajuda sem dificuldade. Só precisava de arranjar o cadáver. Mas tinha que estar já morto. A possibilidade de ver sangue a jorrar sobre os meus lindos sapatos, aborrece-me. Adoro sapatos e a vaga de shoefies que por aí andou já me fez chorar and not in a good way.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Best love song EVER


Vidas!

Vai ser sempre assim, no momento em que estás a fechar os olhos confortavelmente no sofá, o telemóvel vai tocar e do outro lado estará alguém com algo para dizer. E esse algo será sempre alguma coisa que poderia ser dita amanhã. Mas nunca desligarás o telemóvel porque alguém poderá ter uma razão importante e imediata para falar contigo.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

A nossa selecção

"Na bagagem de Hélio Loureiro está o que pode ser um início de um belo cozido à portuguesa. Faltam a carne de vaca e os legumes, mas já seguiram viagem para Campinas 20kg de chouriço de carne, 15kg de salpicão, 10kg de orelha de porco e 12kg de feijão encarnado."

Para que são os 10 kg de orelha de porco?! - Para ouvir melhor.

20kg de chouriço de carne?! - Para encher melhor.

15kg de salpicão?! - Para salpicar melhor.

12kg de feijão encarnado?! - Não comento.

O problema não é teu porque te chateias com isso?

Sei que é estúpido e não devia perder tempo com estas merdas. Mas, a verdade, é que me custa "não reconhecer alguém". Pensar que conheço alguém e, com o passar do tempo, não a reconhecer nas atitudes tomadas, deixa-me desnorteada. A minha primeira reacção é procurar o problema em mim. Depois, olhar para trás e tentar descodificar algum sinal de que esta alteração ia acontecer. E, por fim, arranjar motivos para esses comportamentos que possam justificar os laços que nos uniram em tempos. É fodido ter vergonha de terceiros, não é? Bem, se calhar, o problema até é meu. E mudar não é suposto ser mau. Mas, às vezes, vejam o caso da Miley Cyrus, as pessoas mudam e nem sempre é para melhor.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Analogias

Corria o ano de 1997 quando fui parar à Covilhã. Existia um centro comercial chamado Sporting. Assentei arraiais num prédio que ficava de frente para o restaurante Sporting. Na rua ficava também a "Casa dos Presuntos" que vendia queijos e cheirava mal para caralho. Como é que aguentei tantos anos? Tinha que acabar o curso, não é?

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Diferentes mas iguais

Tenho dois sobrinhos que são irmãos. Fazem lembrar a adivinha do vinho e do vinagre: somos dois irmãos unidos de diferentes condições… Um é intelectual a roçar a arrogância o outro é um metrosexual a roçar a azeiteirice. Costumo dizer que um é racional e o outro é mais emocional. Mas têm alguns pontos em comum. São os dois bastante curiosos, embora nem sempre se interessem pelo mais normal.

Há uns anos atrás, peguei neles e levei-os a um barbeiro para cortar o cabelo. Já os levei ao cabeleireiro, mas é complicado negar o pagamento de madeixas a um miúdo choroso. Adiante. Estavam os dois com uma cabeleira bastante farta e este facto trouxe à memória do senhor o serviço militar, onde também cortou o cabelo a militares: 


- Na tropa, a cortar o cabelo, era o cabelo a cair para um lado e as lágrimas a escorrer para o outro!
- Esteve na guerra? Sabe manejar armas?
- Esteve na guerra? Matou alguém?
 

Tive pena do homem.

A rush of blood

Casal de idosos rouba esmolas pela adrenalina

Eu, pela adrenalina, conduzo com o depósito na reserva. A H. diz que aguenta o chichi até à última.

Os meu amigos são do caralho!

Quem diz palavrões é mais honesto e de confiança

Tendo em conta o número de amigos que me envia ou identifica neste estudo, não sei se fique comovida ou envergonhada.

(Fico comovida e é por isso que gosto de vos ter como amigos)

terça-feira, 3 de junho de 2014

Lovely



Também há coisas giras por aqui:La Blogothèque

Cristo anda cá baixo ver isto!

Dou umas voltas por aí, a maior parte das vezes remeto-me ao silêncio. Mas está a puta armada (o mesmo que armar barraco)! Se isto não fosse uma coisa virtual, pegavam-se todos ao estalo. Zeus-me livre. Call me old fashioned, mas se é para bater boca que seja ao vivo e a cores para a coisa se resolver mais rapidamente. Reconheço razões nos diferentes argumentos e o problema aqui é a palavra escrita. Ler e reler as argumentações e contra-argumentações origina múltiplos significados e ultrapassam-se limites.

No sábado, éramos para ir ao Serralves em Festa...

mas não fomos. O medo da confusão São Joanina sem martelos, a falta de conhecimento sobre os executantes da música alternativa e a perspectiva da dificuldade de estacionamento foram os motivos da desistência. No entanto, a M. veio de Bruxelas e tínhamos que a levar a algum lado: "vai-se à baixa, deve estar agradável. A confusão deve ser pouca por causa de Serralves."

Decisão tomada, só faltava pensar numa forma de lhe dizer que, para a baixa, ir antes da meia-noite é perder tempo e gastar muito dinheiro em parque de estacionamento. "Eles deitam-se muito cedo... já sei! Dizemos que a vamos buscar às 23h00, só aparecemos lá para 23h40 e fica resolvido. Mas vamos levar bronca... Olha, que se foda!"

Felizmente, a malta que está há tantos anos fora do rectângulo é fácil de contentar. Não levamos bronca e para isso só precisamos de a deixar beber café que "em Portugal, qualquer café de esquina tem um bom café". E, como veio do frio, o tempo estava agradável e, já se sabe, o bom tempo só por si ajuda a dispor e as bocas sobre a pontualidade portuguesa foram esquecidas.

Não estando a confusão do costume, muitos optaram pelo mesmo:

- Então? Por aqui?
- Não foste a Serralves?
- Estive para ir...
- Eu também, mas deve estar complicado para andar por lá!
- Foi o que nós pensamos e viemos para aqui...

Novidades trocadas, despedidas feitas e "gosto muito de ti": e eu também gosto de ti, miúdo. 

Alguns sítios do costume e outros novos depois, a M. acusa o cansaço de quem já costuma estar a dormir. E, mesmo à saída, fazem-me perguntas. Melhor amigo e companhia podem ficar orgulhosos, desta vez não fui desagradável. Mesmo não me estimulando por aí além, (confesso que o metro e noventa deixou-me tremida) ouvi o que ele tinha para me dizer e despedi-me cordialmente. O facto de não parar a minha marcha com uma agarradela de braço e não ter ar de quem tem menos 15 anos que eu, ajudou na disponibilidade para a conversa da treta. Mas, Z., ainda não entreguei o meu papelinho. A fase do se-vais-entrar-eu-estou-a-sair-fui continua. Conduzir com o depósito na reserva é para já a única aventura que me permito.

domingo, 1 de junho de 2014

I kinda like it...


Bad boys, bad boys, whatcha gonna do, whatcha gonna do? When they come for you?


Já o disse a quem de direito, mas não me levam a sério. Riem-se de mim. Vejamos a situação e digam se tenho ou não razão. 

Almoço em casa dos meus pais:

- (Braços e dedinhos indicadores espetados no ar, cantarolando e balançando a anca) A O. Já comprou os bilhetes, tenho que avisar a P.!
- Onde é que é o concerto?
- É no parque da cidade.
- Tonas ([Regionalismo]  o mesmo que otárias)... Foram comprar os bilhetes?! Eu sei entrar para ver os concertos à borla! E vais para lá dançar assim? Ainda te matam!

Esquecendo a falta de respeito de um sobrinho para com a sua tia, quer-me parecer que o miúdo vê o Cops na Fox Crime para efeitos de carreira e não de entretenimento.