quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Noves fora nada

Tenho dois cães e um gato. Uma elegante rafeiro do alentejo com 50 quilos, um puro rafeiro com 20 quilos e um gato com 5 quilos. A cadela, bem maior que os outros dois, é a mais sossegada. O cão é um histérico e o gato é elétrico.  Estes três foram animais que ninguém quis: Ela, porque é grande grande, o cão, é tripé, e o gato, com uma ferida crónica em tratamento. Moro num apartamento, mais precisamente, moro num T2 e sei que há T1 maiores que o meu T2. Sei que, para o bem deles, não posso acolher mais nenhum animal. Mas também sei que cada caso é um caso, ou melhor, cada casa é uma casa diferente. Ou seja, falar em tipologias de apartamentos sem referir m2 não é objectivo. Penso eu. Abrir excepções a criadores para que estes possam ter 10 animais num apartamento desde que sejam "as raças nacionais puras registadas para melhorarem o património genético" também não me parece normal. Eutanasiar animais com doenças contagiosas para humanos, mas tratáveis, sem lhes dar a oportunidade de tratamento parece-me cruel. Há toda esta preocupação com os limites da lotação, eu percebo a preocupação da saúde pública e também percebo os limites, eu sei que há limites, eu tenho noção do meu limite. Mas gostava que existisse também a preocupação de punir quem maltrata e abandona e a sensibilização ou promoção para esterilização/castração da bicheza.

2 comentários:

  1. Concordo. Eu também atingi o meu limite com duas gatas que, ainda por cima, não se dão uma com a outra. Mas tenho atravessada na consciência uma gatinha que apareceu no vet, aí com umas 4 semanas, com uma doença crónica e cujo destino preferi nem saber. Nós não podemos salvar o mundo, mas podemos começar por algum lado.
    E os veterinários não se prestam. A esterilização sai cara e depois há a cena do antibiótico 10 dias. Não estou a vê-los meterem-se nisso de graça, a centenas ou milhares de animais... o que até é compreensível.

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    1. Pois, não podemos salvar todos e os veterinários podem ajudar, mas não podem suportar tudo. Não podemos exigir que trabalhem de graça e que paguem do bolso deles o material clínico. Eu não peço que me paguem nada, mas se me deixassem deduzir as despesas veterinárias no IRS...

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